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Reino Unido não vai amenizar medidas de isolamento contra covid-19

Recuperado da doença, primeiro-ministro Boris Johnson diz que ainda é muito cedo para reabertura do comércio

Coronavírus: Itália vai reabrir fábricas e canteiros de obras e Nova Zelândia permitirá atividades ao ar livre, com pesca e caminhada (Ian Forsyth/Getty Images)

Coronavírus: Itália vai reabrir fábricas e canteiros de obras e Nova Zelândia permitirá atividades ao ar livre, com pesca e caminhada (Ian Forsyth/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2020 às 12h06.

Países que vão da Itália à Nova Zelândia anunciaram uma redução dos isolamentos do coronavírus, mas o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que voltou a trabalhar nesta segunda-feira (27) depois de ser hospitalizado com a doença, disse que é cedo demais para relaxar as restrições em seu país.

Quase 3 milhões de pessoas de todo o mundo foram infectadas pelo coronavírus e 205.948 morreram, de acordo com uma contagem de cifras oficiais feita pela Reuters, mas muitas nações estão estudando amenizar os isolamentos à medida que as taxas de infecção caem e os temores de uma ruína econômica crescem.

A pior pandemia do mundo em um século, que começou na China em dezembro e se alastrou pelo globo, criou um dilema para os governos. As pessoas retidas em casa durante semanas sem fim estão ficando frustradas e apreensivas a respeito do que o futuro reserva.

Some-se a isso que a atividade econômica, de lojas e bares a fábricas e turismo, está seriamente limitada, e surgem previsões de recessões prolongadas em muitos países.

E como ainda não existe um antídoto para o coronavírus, os líderes também estão dramaticamente cientes de que uma segunda onda de infecções poderia varrer seus países no momento em que a vida retoma alguma normalidade.

A Itália, que soma 26 mil mortos, a segunda maior taxa de mortalidade de coronavírus no mundo, autorizará fábricas e canteiros de obras a reabrirem a partir de 4 de maio e permitirá visitas familiares limitadas agora que se prepara para um final gradual do isolamento mais longo da Europa, disse o premiê italiano, Giuseppe Conte, no domingo.

A nação vislumbra uma segunda fase da crise na qual tentará reativar a economia sem desencadear uma nova onda de infecções.

"Esperamos um desafio muito complexo", disse Conte. "Conviveremos com o vírus e teremos que adotar toda precaução possível", acrescentou.

Os neozelandeses poderão pescar, surfar, caçar e caminhar nesta semana pela primeira vez em mais de um mês, já que o país começa a amenizar seu isolamento severo.

A nação diminuiu seu nível de alerta em um grau à meia-noite de domingo e cerca de 400 mil pessoas voltarão ao trabalho, mas lojas e restaurantes continuarão fechados.

Na Noruega, os alunos da primeira à quarta série, fora das salas desde meados de março, voltaram às aulas, e uma série de pequenas empresas, incluindo cabeleireiros, recebeu permissão para reabrir.

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