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Rei tribal contesta título de neto de Nelson Mandela

Em 2011, ele se virou contra boa parte da família ao transferir, sem comunicar a ninguém, as sepulturas de três filhos de Nelson Mandela para Mvezo

Mandla Mandela fala à imprensa em 4 de julho de 2013 (Afp.com / Stringer)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2013 às 16h38.

Joanesburgo - Um "rei" tribal sul-africano quer retirar o título de chefe tradicional de Mandla, o neto mais velho de Nelson Mandela , em razão dos recentes episódios envolvendo sepulturas da família do ex-presidente, informou a imprensa local.

Enquanto o herói da luta anti-apartheid se vê entre a vida e a morte às vésperas de completar 95 anos, o rei de sua tribo, os Thembus, quer destituir Mandla do cargo de chefe do vilarejo de Mvezo, onde Mandela nasceu.

"Minha vontade é que ele não esteja mais envolvido nos assuntos dos AmaDlomos [a família real Thembu]", disse o rei Buyelekhaya Dalindyebo ao jornal City Press. "Que tipo de pessoa usa sepulturas como pista de dança?", questionou.

Mandla, 39 anos, é deputado pelo partido ANC, que ocupa o poder atualmente. Em 2011, ele se virou contra boa parte da família ao transferir, sem comunicar a ninguém, as sepulturas de três filhos de Nelson Mandela para Mvezo.

Dezesseis membros da família precisaram entrar na justiça para conseguir que os restos mortais voltassem a Qunu, cidade onde o Nobel da Paz passou a infância e deseja ser enterrado. Os restos mortais foram enterrados na última quinta-feira sob protestos de Mandla.

O pedido do rei Dalindyebo de "isolar" Mandla pode não ter nenhuma repercussão, uma vez que sua própria autoridade é alvo de contestações. Um grupo de líderes Thembu pede sua saída do cargo desde que ele foi acusado por um homicídio em 2005, informa o jornal Sunday Times.

As nomeações e revogações dos chefes tradicionais devem ser aprovadas pelas autoridades locais. "O rei não pode fazer tudo sozinho e não pode escolher quem irá suceder um chefe", explicou Zingisa Bokwe, secretário da Casa dos Chefes Tradicionais do Cabo oriental.

As disputas no seio da família Mandela tornaram-se mais acirradas nos últimos dias e vêm chocando os sul-africanos, que admiram o "libertador" Nelson Mandela.

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Joanesburgo - Um "rei" tribal sul-africano quer retirar o título de chefe tradicional de Mandla, o neto mais velho de Nelson Mandela , em razão dos recentes episódios envolvendo sepulturas da família do ex-presidente, informou a imprensa local.

Enquanto o herói da luta anti-apartheid se vê entre a vida e a morte às vésperas de completar 95 anos, o rei de sua tribo, os Thembus, quer destituir Mandla do cargo de chefe do vilarejo de Mvezo, onde Mandela nasceu.

"Minha vontade é que ele não esteja mais envolvido nos assuntos dos AmaDlomos [a família real Thembu]", disse o rei Buyelekhaya Dalindyebo ao jornal City Press. "Que tipo de pessoa usa sepulturas como pista de dança?", questionou.

Mandla, 39 anos, é deputado pelo partido ANC, que ocupa o poder atualmente. Em 2011, ele se virou contra boa parte da família ao transferir, sem comunicar a ninguém, as sepulturas de três filhos de Nelson Mandela para Mvezo.

Dezesseis membros da família precisaram entrar na justiça para conseguir que os restos mortais voltassem a Qunu, cidade onde o Nobel da Paz passou a infância e deseja ser enterrado. Os restos mortais foram enterrados na última quinta-feira sob protestos de Mandla.

O pedido do rei Dalindyebo de "isolar" Mandla pode não ter nenhuma repercussão, uma vez que sua própria autoridade é alvo de contestações. Um grupo de líderes Thembu pede sua saída do cargo desde que ele foi acusado por um homicídio em 2005, informa o jornal Sunday Times.

As nomeações e revogações dos chefes tradicionais devem ser aprovadas pelas autoridades locais. "O rei não pode fazer tudo sozinho e não pode escolher quem irá suceder um chefe", explicou Zingisa Bokwe, secretário da Casa dos Chefes Tradicionais do Cabo oriental.

As disputas no seio da família Mandela tornaram-se mais acirradas nos últimos dias e vêm chocando os sul-africanos, que admiram o "libertador" Nelson Mandela.

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