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Redator-chefe de jornal chinês se demite por censura

Em mensagem publicada em sua conta do Weibo (Twitter chinês), Yu Shaolei publica uma cópia de sua solicitação de demissão

Jornais: ele fez uma clara referência às visitas que Xi realizou a vários meios de comunicação estatais ou do Partido Comunista em fevereiro (Anthony Wallace / AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 10h35.

Pequim - Um veterano redator-chefe do "Southern Metropolis Daily", um jornal da província chinesa de Cantão, deixou seu cargo, aparentemente, em protesto pelo aumento da censura exercida pelo presidente do país, Xi Jinping.

Em mensagem publicada em sua conta do Weibo (Twitter chinês), Yu Shaolei publica uma cópia de sua solicitação de demissão, na qual aponta como causa: "incapacidade de usar seu sobrenome".

Isso faz uma clara referência às visitas que Xi realizou a vários meios de comunicação estatais ou do Partido Comunista em 19 de fevereiro, nas quais disse que as publicações chinesas deviam levar "o sobrenome do partido".

Yu acrescenta em sua mensagem, publicada hoje, que "após me dobrar durante tanto tempo, já não posso suportar mais. Quero ver se posso adotar uma nova postura".

Além disso, inclui uma menção à pessoa que segue sua conta para notificar às autoridades.

"Pode dar um suspiro de alívio. Lamento o estresse que te causei nestes últimos anos e espero sinceramente que tua carreira possa empreender uma nova direção".

Yu, que trabalhava no jornal há 16 anos, era o redator-chefe da seção de cultura desta publicação que ganhou fama de contestatária.

No início deste mês, uma editora do mesmo jornal foi demitida por elaborar uma manchete na qual supostamente havia uma mensagem oculta contra a censura oficial.

Nela apareciam duas informações que não tinham relação entre si, mas os títulos de ambas combinados podiam formar a frase "os veículos de imprensa do Partido jogam sua alma ao mar", o que alguns viram como uma crítica ao ferrenho controle informativo que é exercido pelo presidente da China.

O tour de Xi pelos meios de comunicação também supôs o fechamento das contas em redes sociais do popular blogueiro e magnata imobiliário Ren Zhiqiang, que tinha dito que os veículos de imprensa deviam servir ao povo e não ao governo.

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Pequim - Um veterano redator-chefe do "Southern Metropolis Daily", um jornal da província chinesa de Cantão, deixou seu cargo, aparentemente, em protesto pelo aumento da censura exercida pelo presidente do país, Xi Jinping.

Em mensagem publicada em sua conta do Weibo (Twitter chinês), Yu Shaolei publica uma cópia de sua solicitação de demissão, na qual aponta como causa: "incapacidade de usar seu sobrenome".

Isso faz uma clara referência às visitas que Xi realizou a vários meios de comunicação estatais ou do Partido Comunista em 19 de fevereiro, nas quais disse que as publicações chinesas deviam levar "o sobrenome do partido".

Yu acrescenta em sua mensagem, publicada hoje, que "após me dobrar durante tanto tempo, já não posso suportar mais. Quero ver se posso adotar uma nova postura".

Além disso, inclui uma menção à pessoa que segue sua conta para notificar às autoridades.

"Pode dar um suspiro de alívio. Lamento o estresse que te causei nestes últimos anos e espero sinceramente que tua carreira possa empreender uma nova direção".

Yu, que trabalhava no jornal há 16 anos, era o redator-chefe da seção de cultura desta publicação que ganhou fama de contestatária.

No início deste mês, uma editora do mesmo jornal foi demitida por elaborar uma manchete na qual supostamente havia uma mensagem oculta contra a censura oficial.

Nela apareciam duas informações que não tinham relação entre si, mas os títulos de ambas combinados podiam formar a frase "os veículos de imprensa do Partido jogam sua alma ao mar", o que alguns viram como uma crítica ao ferrenho controle informativo que é exercido pelo presidente da China.

O tour de Xi pelos meios de comunicação também supôs o fechamento das contas em redes sociais do popular blogueiro e magnata imobiliário Ren Zhiqiang, que tinha dito que os veículos de imprensa deviam servir ao povo e não ao governo.

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