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Rádio católica demite jornalistas por criticarem o papa

Dois jornalistas italianos foram demitidos da emissora católica "Radio Maria" após criticar o papa Francisco em artigo intitulado "Esse papa não gosta de nós"


	Papa Francisco: jornalistas foram demitidos após dez anos no ar
 (AFP)

Papa Francisco: jornalistas foram demitidos após dez anos no ar (AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 14h28.

Roma - Dois jornalistas italianos foram demitidos da emissora católica "Radio Maria" após criticar o papa Francisco em um artigo intitulado "Esse papa não gosta de nós", publicado pelo jornal conservador "Il Foglio", que divulgou nesta sexta-feira o incidente.

Em comunicado enviado ao veículo, os jornalistas Alessandro Gnochi e Mario Palmaro disseram que o diretor da "Radio Maria", o padre Livio Fanzaga, fez uma ligação para demiti-los após dez anos no ar.

No artigo, publicado na quarta-feira passada, os jornalistas afirmam que os atos e gestos do papa Francisco são "uma demonstração de relativismo moral e religioso" e destacam que a "atenção do circuito midiático-eclesiástico" está se concentrando "na figura de Francisco e não na de (São) Pedro".

"O padre Livio sustenta que não se pode ser locutor da "Radio Maria" e ao mesmo tempo criticar o papa" afirmaram os jornalistas.

"Como não compartilhamos essa linha editorial, registramos o fato e sublinhamos de todas as formas que nossas críticas ao papa Francisco não contêm nem uma só linha que não se atenha à doutrina católica e que não tenham sido expressadas nos microfones da "Radio Maria"", explicaram os dois na nota.

Os jornalistas defenderam a liberdade de expressão e disseram que as opiniões são "discutíveis, certamente, mas legítimas" e que o caso é um fato "raro" na prática jornalística.

Os dois jornalistas acrescentam que durante os dez anos de trabalho na emissora católica puderam abordar "temas mais delicados com total liberdade" graças a seu diretor, por isso - sustentam - "essa decisão torna mais amargo" o episódio.

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