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Quem é a política alemã eleita para suceder Angela Merkel

AKK venceu a disputa no congresso da CDU pela estreita margem de 517 votos (51,8%) a 482 (48,2%) contra o candidato da ala direitista, Friedrich Merz

Annegret Kramp-Karrenbauer será a sucessora de Angela Merkel no cargo de primeira-ministra da Alemanha (Kai Pfaffenbach/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de dezembro de 2018 às 16h01.

Última atualização em 7 de dezembro de 2018 às 16h18.

Hamburgo - A União Democrata-Cristã (CDU) elegeu nesta sexta-feira sua secretária-geral, a centrista Annegret Kramp-Karrenbauer, para suceder a chanceler da Alemanha, Angela Merkel , após 18 anos na chefia do partido.

AKK, como é conhecida na Alemanha , venceu a disputa no congresso da CDU, realizado em Hamburgo, pela estreita margem de 517 votos (51,8%) a 482 (48,2%) contra o candidato da ala direitista, Friedrich Merz. Sua vitória aconteceu no segundo turno e após a eliminação no turno anterior do ministro da Saúde, Jens Spahn.

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Kramp-Karrenbauer, de 55 anos, é muito próxima a Merkel, sendo até conhecida como a “Merkel de Sarre”. As duas compartilham a mesma linha política de centro, criticada pela ala mais à direita do partido, que desejava uma guinada conservadora para enfrentar o avanço da extrema-direita no país.

Eleição

Na sua apresentação diante dos delegados, a centrista tinha pedido ao partido "coragem" para assumir os desafios que terá pela frente, enquanto Merz advogou por recuperar o eleitorado que se perdeu para a extrema-direita e por adotar um perfil mais claramente conservador.

AKK, que falou em primeiro lugar pela ordem alfabética determinada pela direção do congresso, se referiu assim à queda de eleitorado entre os partidos majoritários, tanto o bloco conservador como os social-democratas.

Nesse sentido, destacou que a força da CDU é de grande relevância "para a Alemanha e para o conjunto da Europa", enquanto seu principal rival na disputa pela presidência do partido disse que a legenda era o último "grande partido democrata-cristão" que restava na União Europeia (UE).

Antes das intervenções dos candidatos, Merkel pronunciou seu último discurso como presidente do partido, fazendo um apelo à coesão nas suas fileiras e defendendo a via centrista para seu partido.

A chanceler lembrou que assumiu a chefia do partido 18 anos atrás, então em uma "situação muito difícil", pelo escândalo de financiamento irregular que foi revelado durante a chamada "era Helmut Kohl". Merkel destacou que foi difícil superar aquela situação, mas que o desafio agora é "liderar unidos", sempre com base na vocação centrista que caracteriza a CDU.

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