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Quais são os passaportes mais (e os menos) poderosos do mundo em 2025?

Com acesso a 195 destinos sem visto, Cingapura ultrapassa Japão e países europeus no Índice Henley de Passaportes

Passaporte de Cingapura é classificado como o mais poderoso do mundo, liderando o Índice Henley em 2025. (Peter Garrard Beck/Getty Images)

Passaporte de Cingapura é classificado como o mais poderoso do mundo, liderando o Índice Henley em 2025. (Peter Garrard Beck/Getty Images)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 9 de janeiro de 2025 às 07h57.

O ranking de passaportes mais poderosos do mundo, divulgado pelo Henley Passport Index em 2025, trouxe mudanças significativas em comparação aos anos anteriores. O índice, que avalia a quantidade de destinos que os portadores de passaportes podem acessar sem visto, destacou a força de países asiáticos e europeus, consolidando suas posições entre os líderes globais.

Nesta edição, Cingapura ocupou isoladamente o primeiro lugar, com seus cidadãos podendo acessar 195 destinos sem a necessidade de visto. No segundo lugar, aparece o Japão, com acesso a 193 destinos. A terceira posição foi compartilhada por quatro países europeus — Alemanha, França, Itália e Espanha —, além da Coreia do Sul e da Finlândia, cada um com acesso a 192 destinos.

Outros países europeus completam o topo da lista. Áustria, Dinamarca, Irlanda, Luxemburgo, Noruega, Suécia e Países Baixos ficaram na quarta posição, com acesso a 191 destinos. Na sequência, na quinta posição, aparecem Bélgica, Portugal, Suíça, Reino Unido e Nova Zelândia, com 190 destinos sem visto.

Alterações no ranking

O índice deste ano revela não apenas os países com maior liberdade de acesso global, mas também os que enfrentaram quedas nos últimos anos. A posição dos Estados Unidos, por exemplo, caiu para o 9º lugar, com 186 destinos acessíveis, marcando uma das maiores quedas do ranking na última década. O Reino Unido, que já liderou o ranking em 2015, também caiu para a quinta posição.

Por outro lado, a China subiu para a 60ª posição, destacando uma maior abertura internacional ao permitir que cidadãos de 58 países visitem o país sem a necessidade de visto. Metade dessas concessões foi adicionada apenas no último ano, mostrando esforços diplomáticos para impulsionar sua conectividade global.

O Brasil ocupa a 18ª posição no Henley Passport Index de 2025, permitindo que seus cidadãos acessem 171 países sem a necessidade de visto. A posição reflete o fortalecimento das relações diplomáticas do país com diversas nações, especialmente na América Latina, Europa e partes da Ásia. Esse número expressivo de destinos facilita tanto o turismo quanto os negócios internacionais, consolidando o passaporte brasileiro como um dos mais bem colocados da região.

No extremo oposto, os passaportes mais fracos continuam concentrados em países que enfrentam desafios econômicos e políticos. Afeganistão, Síria, Iraque, Iêmen e Somália figuram nas últimas posições, com acesso limitado a menos de 40 destinos. O Afeganistão ocupa novamente o último lugar, com seus cidadãos podendo visitar apenas 26 destinos sem visto.

PaísRankingPaíses aceito
Cingapura1195
Japão2193
Finlândia3192
França3192
Alemanha3192
Itália3192
Coréia do Sul3192
Espanha3192
Áustria4191
Dinamarca4191
Irlanda4191
Luxemburgo4191
Holanda4191
Noruega4191
Suécia4191
Bélgica5190
Nova Zelândia5190
Portugal5190
Suíça5190
Reino Unido5190

Diferenças regionais

A diferença entre o melhor e o pior passaporte — 169 destinos — é a maior registrada nos 19 anos de história do Henley Passport Index.

Os países asiáticos mantêm sua força no topo do ranking, com acesso facilitado a regiões como Europa, América do Norte e Sudeste Asiático. Já os países europeus continuam dominando as posições intermediárias do top 20, beneficiados por acordos regionais como o Espaço Schengen, que facilita a livre circulação dentro do continente.

Especialistas sugerem que as posições no ranking podem continuar a mudar nos próximos anos, com as tensões geopolíticas e mudanças nas políticas de imigração influenciando a mobilidade global. A crescente pressão para equilibrar segurança nacional e abertura internacional será um desafio para muitos países, especialmente em regiões de instabilidade política.

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