Putin pede que Netanyahu se abstenha de ações que desestabilizem a Síria
Em conversa telefônica, líderes da Rússia e de Israel abordaram recente ataque da aviação israelense contra o aeroporto militar sírio de Al Taifur
EFE
Publicado em 11 de abril de 2018 às 23h23.
Última atualização em 11 de abril de 2018 às 23h28.
O presidente da Rússia , Vladimir Putin, pediu em uma conversa por telefone nesta quarta-feira ao primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, que se abstenha de ações que desestabilizem a situação na Síria .
"Putin ressaltou a especial importância de respeitar a soberania da Síria e pediu para se abster de qualquer ação que desestabilize ainda mais a situação nesse país e que represente uma ameaça para sua segurança", informou o Kremlin em comunicado.
A nota destacou que ambos os líderes abordaram o recente ataque da aviação israelense "contra o aeroporto militar sírio de Al Taifur, situado na província de Homs".
Embora o Kremlin tenha mantido uma postura prudente a respeito, a Chancelaria convocou ontem o embaixador de Israel no na Rússia, Harry Koren, para abordar a situação na Síria.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, dois aviões israelenses F-15 lançaram oito foguetes contra o aeroporto sírio de Al Taifur, vários dos quais foram destruídos pela defesa antiaérea síria.
Pelo menos 14 militares sírios e combatentes aliados morreram em tal bombardeio, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
No último dia 10 de fevereiro, aviões israelenses já tinham atacado esse mesmo aeroporto, onde se concentrariam forças do regime sírio, iranianos e do grupo libanês Hezbollah.
O governo sírio considera que o bombardeio israelense não teria sido possível sem o apoio dos Estados Unidos, segundo a agência de notícias oficial "Sana".
Segundo veículos de imprensa americanos, Israel avisou aos EUA sobre sua intenção de realizar a operação em resposta ao suposto ataque com armas químicas perpetrado no último sábado por forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad.