Cúpula do G8 inclui Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá, Japão e Rússia (AFP/Miguel Medina)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2012 às 21h00.
Washington - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não comparecerá à cúpula dos países integrantes do G8 que será realizada nos dias 18 e 19 de maio nos arredores de Washington e enviará em seu lugar o primeiro-ministro do país, Dmitri Medvedev, anunciou a Casa Branca em comunicado emitido nesta quarta-feira.
Putin, que jurou na segunda-feira passada o cargo de presidente, falou nesta quarta-feira por telefone com o presidente dos Estados Unidos e anfitrião da cúpula, Barack Obama, e lhe comunicou que não poderá comparecer à reunião por ''suas responsabilidades para finalizar as nomeações no novo governo russo'', explicou a Casa Branca.
Obama expressou ''compreensão'' ante a decisão de Putin e ambos decidiram realizar uma reunião bilateral durante a cúpula do G20 que ocorrerá em junho em Los Cabos (México).
Durante sua conversa, ambos destacaram os ''importantes avanços'' conseguidos nos últimos três anos em temas como segurança nuclear, guerra do Afeganistão e o aumento dos laços comerciais bilaterais.
A cúpula do G8 - grupo que inclui Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá, Japão e Rússia - será realizada em Camp David, residência de descanso presidencial em Maryland, nos arredores de Washington.
Inicialmente, a Casa Branca tinha previsto que a reunião anual se realizasse em Chicago nos dias 19 e 20 de maio para coincidir com a cúpula que a cidade acolherá entre 20 e 21 de maio. Mas a Casa Branca modificou a cúpula do G8 para 18 e 19 de maio em Camp David justamente para poder manter conversas ''mais informais'' com os líderes e passar mais tempo com Putin.
A defesa antimísseis é um dos grandes pontos de atrito nas relações russo-americanos. A Rússia se opõe aos planos americanos de desenvolver um escudo de defesa antimísseis na Europa - anunciado originalmente pelo governo de George W. Bush e modificado pelo de Obama - por considerar que representa uma ameaça a Moscou.