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Vanessa Barbosa
Publicado em 15 de agosto de 2017 às 13h41.
São Paulo - Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos celebrando o "restabelecimento das leis e da ordem". O prometido, no entanto, não parece se aplicar aos poluidores do país.
Sob a administração do republicano, até agora, a Agência de Proteção Ambiental americana (EPA, na sigla em inglês) pegou mais leve com os infratores ambientais que as administrações anteriores, cobrando na média 60% menos nas punições.
Os registros federais foram revisados pelo Environmental Integrity Project (EIP) e também mostram uma queda significativa no número de execução das decisões judiciais contra empresas que infringiram leis de controle de poluição, em comparação com períodos semelhantes nas administrações de Obama, Bush e Clinton.
Do primeiro dia do governo Trump até o final de julho, o Departamento de Justiça dos EUA coletou um total de US$ 12 milhões em multas financeiras, como parte de 26 processos civis arquivados contra empresas por infringir leis de controle de poluição.
Este montante foi bem inferior aos US$ 36 milhões das penalidades aplicadas em 34 casos no primeiro semestre do ano passado, aos US$ 30 milhões em 31 casos no mesmo período durante a administração de George W. Bush e aos US$ 25 milhões de 45 casos durante o primeiro semestre de Bill Clinton.
"Se essa queda na aplicação das leis ambientais continuar deixará mais pessoas respirando mais poluição do ar e rios carregados de resíduos", diz Eric Schaeffer, diretor executivo do EIP e ex-diretor na Agência de Proteção Ambiental .
Segundo a análise, os casos deste ano foram menores, exigindo muito menos gastos em limpeza e resultando em menos reduções mensuráveis em poluentes que acabam por se espalhar pelo ar ou água.