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PT teme reprise de onda religiosa na eleição

Articuladores de Haddad temem a reedição de temáticas religiosas e conservadores na disputa deste ano

Fernando Haddad espera ataques dos políticos evangélicos contra o "kit anti-homofobia" do Ministério da Educação (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 07h35.

Brasília - O governo federal e articuladores da candidatura do ex-ministro Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo já temem a reedição de temáticas religiosas e conservadores na disputa deste ano, repetindo a agenda da eleição de 2010.

Enquanto o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, reunia-se ontem com a bancada evangélica no Congresso para apaziguar os ânimos e negar ter dito - durante o Fórum Social Mundial - que o governo teme o controle ideológico da classe C e teria a intenção de enfrentar o segmento religioso com uma nova rede de comunicação, Haddad, na capital, já montava uma vacina para os ataques dos políticos evangélicos contra o "kit anti-homofobia" do Ministério da Educação, encomendado durante a sua gestão.

A bancada evangélica reagiu fortemente na época e dá sinais de que vai ressuscitar o tema na campanha. Segundo Haddad, a verdade vai prevalecer sob quaisquer circunstâncias neste caso: "Ninguém tem compromisso com a mentira. A verdade prevalecendo, não tem o que temer."

Obscurantismo

Haddad afirmou que se preocupa com o incentivo à violência que esses comentários fomentados por religiosos podem gerar, mesmo quando os oponentes não tenham essa intenção. "Muitas vezes, as pessoas não se dão conta do quanto esse tipo de abordagem acaba liberando, em alguns indivíduos perturbados, forças obscurantistas. É a única preocupação que tenho."

O petista afirmou, ainda, que respeitará a posição da presidente Dilma Rousseff de não atuar nas campanhas quando houver mais de um candidato da base aliada. "É natural que ela pondere a conveniência política à luz dos interesses da manutenção de uma coalização."

Aborto

Aos evangélicos, Gilberto Carvalho levou um recado da presidente: reafirmou que o governo não vai tomar qualquer iniciativa para alterar a legislação sobre aborto. O tema também voltou à pauta de religiosos após a nomeação da socióloga Eleonora Menicucci, defensora da descriminalização do aborto.

A reunião com a bancada evangélica foi marcada por constrangimento e tensão. O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) chegou a pedir que Carvalho assinasse um documento negando as declarações que lhe foram atribuídas. "O pedido de perdão que eu fiz não foi pelas minhas palavras, mas pelos sentimentos que provocaram", disse a jornalistas. O ministro disse que seria "loucura" falar em rede estatal para enfrentar a mídia evangélica.

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A bancada evangélica reagiu fortemente na época e dá sinais de que vai ressuscitar o tema na campanha. Segundo Haddad, a verdade vai prevalecer sob quaisquer circunstâncias neste caso: "Ninguém tem compromisso com a mentira. A verdade prevalecendo, não tem o que temer."

Obscurantismo

Haddad afirmou que se preocupa com o incentivo à violência que esses comentários fomentados por religiosos podem gerar, mesmo quando os oponentes não tenham essa intenção. "Muitas vezes, as pessoas não se dão conta do quanto esse tipo de abordagem acaba liberando, em alguns indivíduos perturbados, forças obscurantistas. É a única preocupação que tenho."

O petista afirmou, ainda, que respeitará a posição da presidente Dilma Rousseff de não atuar nas campanhas quando houver mais de um candidato da base aliada. "É natural que ela pondere a conveniência política à luz dos interesses da manutenção de uma coalização."

Aborto

Aos evangélicos, Gilberto Carvalho levou um recado da presidente: reafirmou que o governo não vai tomar qualquer iniciativa para alterar a legislação sobre aborto. O tema também voltou à pauta de religiosos após a nomeação da socióloga Eleonora Menicucci, defensora da descriminalização do aborto.

A reunião com a bancada evangélica foi marcada por constrangimento e tensão. O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) chegou a pedir que Carvalho assinasse um documento negando as declarações que lhe foram atribuídas. "O pedido de perdão que eu fiz não foi pelas minhas palavras, mas pelos sentimentos que provocaram", disse a jornalistas. O ministro disse que seria "loucura" falar em rede estatal para enfrentar a mídia evangélica.

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