PSDB quer definição de vice de Serra até a convenção
O PSDB quer tentar definir até a convenção do partido, marcada para 12 de junho, o nome do vice que irá compor a chapa com José Serra. A cúpula do partido entende que a demora na escolha do nome e a pressão, até hoje, para que o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) aceitasse […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
O PSDB quer tentar definir até a convenção do partido, marcada para 12 de junho, o nome do vice que irá compor a chapa com José Serra. A cúpula do partido entende que a demora na escolha do nome e a pressão, até hoje, para que o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) aceitasse o posto estão prejudicando a campanha ao Palácio do Planalto.
Antes mesmo que Aécio dissesse hoje que não vai disputar a vice - antes ele vinha deixando a porta aberta -, integrantes do partido já falavam, no Congresso, que consideravam praticamente nulas as chances de ele compor a chapa. Muitos, inclusive, avaliavam que seria melhor a retirada total de cena do que a indecisão.
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), coordenador político da campanha de Serra, disse que pretende discutir a candidatura do vice com Serra em reunião na próxima segunda-feira, em São Paulo.
Apesar da desistência de Aécio, dentro do PSDB ainda se acredita na escolha de outro tucano para compor a chapa com Serra. Dos quadros internos, os nomes ventilados são o do senador Tasso Jereissati (CE) e do próprio Sérgio Guerra. A escolha, dizem tucanos, caberá exclusivamente a Serra. Em caso de chapa puro sangue, tucanos defendem que o escolhido seja da região Nordeste. "O escolhido terá de ter aprovação total do Serra", disse o presidente tucano.
Fora do terreno tucano, as opções também são poucas. A alternativa Francisco Dornelles (PP-RJ) desceu ladeira abaixo com a emenda de redação que patrocinou o texto do projeto "Ficha Limpa" no Senado.
Dentro do DEM - aliado cuja imagem ficou arranhada com o mensalão de Brasília - falam-se nos nomes do deputado José Carlos Aleluia (BA) e da senadora Kátia Abreu (TO). Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o nome da senadora, no entanto, não é bem recebido por integrantes dos dois partidos. Eles avaliam que eventual adesão dela em uma chapa tucana poderia render muitos prejuízos, entre eles manifestações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) nos eventos de campanha.