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PSDB prepara requerimento para ouvir Sérgio Cabral na CPI do Cachoeira

Integrante da comissão, deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) acolheu pedido da bancada fluminense para que governador explique relações com a Delta

“Há uma ausência de postura e seriedade, o que implica na necessidade de o governador se explicar", avaliou Otávio Leite (Reprodução/Veja.com/VEJA)

“Há uma ausência de postura e seriedade, o que implica na necessidade de o governador se explicar", avaliou Otávio Leite (Reprodução/Veja.com/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2012 às 17h54.

Rio de Janeiro - Representante tucano na CPI do Cachoeira, o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) deve apresentar na quarta-feira um requerimento para ouvir na comissão o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), a respeito das relações do governo do estado com a construtora Delta, do empresário Fernando Cavendish.

A decisão foi tomada em acordo com a bancada tucana do Rio, da qual faz parte o pré-candidato à prefeitura da capital, deputado Otávio Leite.

Depois da divulgação de imagens que mostram a proximidade de Cabral e seus secretários com Cavendish, a bancada tucana do Rio formalizou a Francischini o pedido para que o governador fosse interrogado. Francischini acolheu o pedido. “Desenhamos o requerimento hoje. Ele acolheu nossa proposta”, explicou Otávio Leite, ao site de VEJA.

“Há uma ausência de postura e seriedade, o que implica na necessidade de o governador se explicar. Não tem essa de o PMDB blindar Sérgio Cabral. Uma blindagem seria uma confissão profunda”, avaliou Leite.

Desde a última sexta-feira, as relações de amizade entre Cabral e Cavendish – que não era negada pelo governador – tornou-se incômoda. Inimigo político de Cabral, o deputado e ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) passou a divulgar em seu blog fotos e vídeos de Cabral com o dono da Delta em viagens a Paris, com direito a restaurantes caros e até a um show da banda U2. Sérgio Cabral lamentou, na noite de segunda-feira, que as imagens, como acredita, tenham sido “retiradas do computador de uma pessoa morta”. A referência é a Jordana Kfouri, mulher de Cavendish, morta na queda de um helicóptero no ano passado.

PMDB em alerta

O crescente envolvimento de Sérgio Cabral no escândalo cria um problema para o PMDB. Até então, o partido não tinha se empenhado em ocupar posições de destaque na comissão, como o PT, preocupado com o avanço das investigações sobre os governos petistas.

Nesta terça-feira, no entanto, o aumento da pressão por uma possível convocação de Sérgio Cabral mobilizou a cúpula do partido. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL) teria uma reunião com o presidente licenciado da Casa, José Sarney, e com o deputado Vital do Rêgo (PB), presidente da comissão, para decidir como a questão será conduzida a partir de quarta-feira.

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