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Protesto contra Código Florestal no gramado do Congresso

A campanha, coordenada por uma coligação formada por 163 organizações não governamentais, escolheu Brasília para o encerramento do protesto

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 16h10.

Brasília – Um protesto contra a votação do novo Código Florestal reuniu, na manhã de hoje (7), cerca de 1.100 pessoas de todas as partes do país e da América Latina, no gramado em frente ao Congresso Nacional. A ação faz parte da campanha nacional #MangueFazaDiferença, que percorreu 35 praias do litoral brasileiro em defesa das florestas e da preservação das áreas ecológicas.

A campanha, coordenada por uma coligação formada por 163 organizações não governamentais, escolheu Brasília para o encerramento do protesto.

Segundo o diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, o movimento quer demonstrar que existe a preocupação de toda a sociedade em relação à votação do Código Florestal. “O que a gente quer mostrar é que esse 'papo' não é só de ambientalista e ruralista. Tem muito mais coisa quando se trata de política pública, de interesse nacional. O que a gente está vendo aqui hoje é uma reação àquilo que os ruralistas dizem que é um interesse do agronegócio”, disse.

Mantovani defende que o governo atue no ajuste de questões delicadas do código e que não ceda a pressões partidárias, permitindo que a base aliada vote um projeto de tal importância com tanta rapidez. “Nós queremos fazer com que todos tenham uma participação, que todos [os movimentos] sejam ouvidos. Não há essa urgência, essa pressa para votar aquilo que é de interesse daqueles que não querem pagar suas contas [...] que querem simplesmente continuar surfando em cima deste grande momento brasileiro, que é o agronegócio”, completou.

Para Rodrigo Joffily Bucar Nunes, empresário e militante do grupo Mangue Faz a Diferença, a participação das pessoas na passeata evidenciou o desgosto da maioria da população com relação à gestão do governo em certos assuntos. “Esse movimento mostra a posição da sociedade civil que não quer ver a coisa aprovada. Não adianta gerar mais alimento de forma insustentável acabando com recursos naturais, é andar pra trás. O que fica claro pra gente é que quem está lá dentro não respeita a gente [referindo-se ao Congresso]. Estamos aqui na porta dizendo que tem algo errado”, alertou.

O estudante de psicologia Renan Lucena saiu do Rio de Janeiro participar das atividades do movimento #VetaDilma, no gramado do Congresso, e disse que a votação do Código Florestal deveria ser uma preocupação nacional. “Esta é uma mobilização nacional, embora muita gente não dê muita bola para o que está rolando aí no Congresso, mas a questão das leis ambientais do nosso país é algo impactante.”

A votação da proposta do Código Florestal, marcada para ontem (6), na Câmara dos Deputados, foi adiada para a próxima terça-feira (13), em reunião de líderes da base aliada. De acordo com o líder do governo na Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), a votação foi remarcada para que o relator, Paulo Piau, possa concluir o seu parecer sobre a pauta.

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Brasília – Um protesto contra a votação do novo Código Florestal reuniu, na manhã de hoje (7), cerca de 1.100 pessoas de todas as partes do país e da América Latina, no gramado em frente ao Congresso Nacional. A ação faz parte da campanha nacional #MangueFazaDiferença, que percorreu 35 praias do litoral brasileiro em defesa das florestas e da preservação das áreas ecológicas.

A campanha, coordenada por uma coligação formada por 163 organizações não governamentais, escolheu Brasília para o encerramento do protesto.

Segundo o diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, o movimento quer demonstrar que existe a preocupação de toda a sociedade em relação à votação do Código Florestal. “O que a gente quer mostrar é que esse 'papo' não é só de ambientalista e ruralista. Tem muito mais coisa quando se trata de política pública, de interesse nacional. O que a gente está vendo aqui hoje é uma reação àquilo que os ruralistas dizem que é um interesse do agronegócio”, disse.

Mantovani defende que o governo atue no ajuste de questões delicadas do código e que não ceda a pressões partidárias, permitindo que a base aliada vote um projeto de tal importância com tanta rapidez. “Nós queremos fazer com que todos tenham uma participação, que todos [os movimentos] sejam ouvidos. Não há essa urgência, essa pressa para votar aquilo que é de interesse daqueles que não querem pagar suas contas [...] que querem simplesmente continuar surfando em cima deste grande momento brasileiro, que é o agronegócio”, completou.

Para Rodrigo Joffily Bucar Nunes, empresário e militante do grupo Mangue Faz a Diferença, a participação das pessoas na passeata evidenciou o desgosto da maioria da população com relação à gestão do governo em certos assuntos. “Esse movimento mostra a posição da sociedade civil que não quer ver a coisa aprovada. Não adianta gerar mais alimento de forma insustentável acabando com recursos naturais, é andar pra trás. O que fica claro pra gente é que quem está lá dentro não respeita a gente [referindo-se ao Congresso]. Estamos aqui na porta dizendo que tem algo errado”, alertou.

O estudante de psicologia Renan Lucena saiu do Rio de Janeiro participar das atividades do movimento #VetaDilma, no gramado do Congresso, e disse que a votação do Código Florestal deveria ser uma preocupação nacional. “Esta é uma mobilização nacional, embora muita gente não dê muita bola para o que está rolando aí no Congresso, mas a questão das leis ambientais do nosso país é algo impactante.”

A votação da proposta do Código Florestal, marcada para ontem (6), na Câmara dos Deputados, foi adiada para a próxima terça-feira (13), em reunião de líderes da base aliada. De acordo com o líder do governo na Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), a votação foi remarcada para que o relator, Paulo Piau, possa concluir o seu parecer sobre a pauta.

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