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Promotor italiano denuncia Berlusconi por difamação

O premiê italiano fez a declarações em 2006 atacando a Promotoria do caso Mills, no qual é acusado de corrupção em ato judicial

Na ocasião, Berlusconi falou de um suposto "uso político da Justiça" no caso em que é acusado (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 11h32.

Roma - O promotor de Milão Alfredo Robledo denunciou Silvio Berlusconi por difamação devido a declarações que o primeiro-ministro da Itália fez em 2006 atacando a Promotoria do caso Mills, no qual é acusado de corrupção em ato judicial.

De acordo com a imprensa italiana, Robledo exige 500 mil euros de Berlusconi por essas declarações de 2006 (ano em que foram realizadas eleições gerais na Itália), nas quais Berlusconi falava de um suposto "uso político da Justiça".

O líder italiano falou também da "inércia" da Promotoria milanesa e da "perversa vontade acusatória".

Os advogados de Berlusconi recorreram ao artigo 68 da Constituição italiana de 1948 para que o primeiro-ministro não tenha que comparecer perante o Tribunal Civil de Brescia, onde corre o processo.

Esse artigo determina que os "membros do Parlamento não podem ser chamados a responder por opiniões expressadas ou por votos dados no exercício de suas funções".

O caso Mills julga no Tribunal de Milão o suposto pagamento de US$ 600 mil por Berlusconi a seu ex-advogado, o britânico David Mills, para que este mentisse a seu favor em dois julgamentos no final dos anos 1990.

Em todo este tempo, Berlusconi garantiu não se lembrar de ter conhecido Mills porque este era um dos muitos advogados que o grupo Fininvest (de sua propriedade) tinha no exterior.

Mills foi condenado em primeira e segunda instância por corrupção em ato judicial em favor de Berlusconi, mas o Supremo italiano decretou em fevereiro de 2010 a prescrição do delito.

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Os advogados de Berlusconi recorreram ao artigo 68 da Constituição italiana de 1948 para que o primeiro-ministro não tenha que comparecer perante o Tribunal Civil de Brescia, onde corre o processo.

Esse artigo determina que os "membros do Parlamento não podem ser chamados a responder por opiniões expressadas ou por votos dados no exercício de suas funções".

O caso Mills julga no Tribunal de Milão o suposto pagamento de US$ 600 mil por Berlusconi a seu ex-advogado, o britânico David Mills, para que este mentisse a seu favor em dois julgamentos no final dos anos 1990.

Em todo este tempo, Berlusconi garantiu não se lembrar de ter conhecido Mills porque este era um dos muitos advogados que o grupo Fininvest (de sua propriedade) tinha no exterior.

Mills foi condenado em primeira e segunda instância por corrupção em ato judicial em favor de Berlusconi, mas o Supremo italiano decretou em fevereiro de 2010 a prescrição do delito.

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