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Primeiro-ministro irlandês pede um "sim" ao casamento gay

Embora as pesquisas continuem a indicar uma confortável vitória para o "sim", o "não" encurtou a distância nas últimas semanas


	Irlanda: embora as pesquisas continuem a indicar uma confortável vitória para o "sim", o "não" encurtou a distância nas últimas semanas
 (Denis Charlet/AFP)

Irlanda: embora as pesquisas continuem a indicar uma confortável vitória para o "sim", o "não" encurtou a distância nas últimas semanas (Denis Charlet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 11h36.

Dublin - O primeiro-ministro da Irlanda, o democrata-cristão Enda Kenny, insistiu que o "sim" à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que será decidida nesta sexta-feira em referendo, é um voto a favor da "igualdade" no país.

Kenny lançou essa mensagem em sua conta no Twitter, e também publicou uma foto junto com sua esposa, Fionnuala, após depositar sua cédula no colégio de San Antonio da cidade de Castlebar, no condado de Mayo.

"Esta manhã, Fionnuala e eu votamos 'sim' pela igualdade no casamento", escreveu o primeiro-ministro, católico praticante, em um tuíte às 9h (6h em Brasília), três horas depois da abertura dos centros de votação.

Durante 15h, até às 21h, os pouco mais de três milhões de irlandeses poderão exercer seu direito ao voto em um referendo que, em caso de vitória do "sim", tornará este país, ainda majoritariamente católico, no primeiro a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo por vontade popular.

Embora as pesquisas continuem a indicar uma confortável vitória para o "sim", o "não" encurtou a distância nas últimas semanas e o número de indecisos é significativo, motivo pelo qual o governo de Dublin pediu ao eleitorado que compareça às urnas.

A baixa participação pode fazer com que mudanças relativamente pequenas nas intenções de voto possam ter uma influência significativa sobre o resultado final.

Ao meio-dia a maioria dos centros de votação de Dublin informou que a participação dos eleitores superava os 20%, acima da média de consultas anteriores, segundo a emissora pública "RTE".

Nas zonas rurais da República da Irlanda a participação era baixa, alinhada a de outras consultas, apesar da tendência de crescer no fim do dia.

Nos dois últimos plebiscitos, só 33% e 39% do eleitorado foram às urnas, em 2012 e 2013, respectivamente, sobre a reforma da Lei do Menor e a abolição do Senado.

Também hoje, os irlandeses devem decidir em outro referendo se reduzem de 35 para 21 anos a idade mínima para ser presidente da República, cargo essencialmente representativo.

A República da Irlanda já promulgou em 2010 a lei de Relações Civis que, pela primeira vez neste país, deu reconhecimento legal aos casais do mesmo sexo, mas evitando qualificar essas uniões de "casamento".

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