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Primeiro casamento gay da França será celebrado quarta-feira

O primeiro matrimônio gay no país contará com a presença da ministra de Direitos das Mulheres e porta-voz do governo e da ministra da Família

Vincent Autin (e) e Bruno Boileau: o casal aguardava a aprovação da lei há muito tempo para formalizar a união (Pascal Guyot/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 12h48.

Montpellier - O primeiro casamento gay da França será celebrado na próxima quarta-feira, em meio à tensão social que toma conta do país, após uma nova grande manifestação dos opositores do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, promovida no último domingo.

Vincent Autin, de 40 anos, e Bruno Boileau, de 30, que vão dizer "sim" no salão de honra da prefeitura de Montpellier, no sul do país, aguardavam a aprovação da lei há muito tempo. Depois da decisão, Boileau fez questão de parabenizar "todos os militantes que lutaram por anos".

A lei, uma das promessas de campanha do presidente socialista François Hollande, provocou uma imensa turbulência na França, com a multiplicação das manifestações no último mês. As ações são frequentemente marcadas por atos de violência, ameças e agressões homofóbicas.

No domingo, os adversários do casamento gay organizaram um grande protesto em Paris, que acabou com combates entre os policiais e membros de extrema-direita.

O primeiro matrimônio entre pessoas do mesmo sexo no país contará com a presença da ministra de Direitos das Mulheres e porta-voz do governo, Najat Vallaud-Belkacem, e da ministra da Família, Dominique Bertinotti. No total, 200 familiares e amigos do casal, 300 convidados de associações e grupos políticos e 130 jornalistas - ou seja, mais de 600 pessoas - vão participar da cerimônia.

"Nosso casamento é muito midiático, o que pode intimidar um pouco, mas estamos cuidando para que a sua finalidade não seja esquecida. O que queremos é a igualdade para todos, que todos possam se casar na prefeitura de suas cidades", declarou Bruno Boileau.


O casamento será celebrado em Montpellier devido à militância da prefeita da cidade, a socialista Hélène Mandroux. Em 2011, a prefeita casou, simbolicamente, dois homossexuais.

"Não quero alvoroço, não sou famosa. Nesse momento deve prevalecer o respeito ao acontecimento", afirmou a prefeita.

A cerimônia será sóbria. Depois de perguntar aos dois se aceitam um ao outro como marido e escutar o "sim" de cada um, a prefeita dirá aos noivos: "Eu vos declaro unidos pelo vínculo do matrimônio".

Temendo manifestações hostis, a prefeitura pediu que não seja organizada uma festa na área externa. Uma festa particular com os parentes do casal será celebrada em um local que é mantido em segredo.

A lei que autoriza o casamento e a adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo foi aprovada pelo Parlamento francês em 23 de abril. Depois de um recurso da oposição de direita ao Conselho Constitucional, a corte validou a medida em 17 de maio, que foi promulgada pelo chefe de Estado no dia seguinte.

A França é o 14º país do mundo a legalizar o casamento gay.

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Montpellier - O primeiro casamento gay da França será celebrado na próxima quarta-feira, em meio à tensão social que toma conta do país, após uma nova grande manifestação dos opositores do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, promovida no último domingo.

Vincent Autin, de 40 anos, e Bruno Boileau, de 30, que vão dizer "sim" no salão de honra da prefeitura de Montpellier, no sul do país, aguardavam a aprovação da lei há muito tempo. Depois da decisão, Boileau fez questão de parabenizar "todos os militantes que lutaram por anos".

A lei, uma das promessas de campanha do presidente socialista François Hollande, provocou uma imensa turbulência na França, com a multiplicação das manifestações no último mês. As ações são frequentemente marcadas por atos de violência, ameças e agressões homofóbicas.

No domingo, os adversários do casamento gay organizaram um grande protesto em Paris, que acabou com combates entre os policiais e membros de extrema-direita.

O primeiro matrimônio entre pessoas do mesmo sexo no país contará com a presença da ministra de Direitos das Mulheres e porta-voz do governo, Najat Vallaud-Belkacem, e da ministra da Família, Dominique Bertinotti. No total, 200 familiares e amigos do casal, 300 convidados de associações e grupos políticos e 130 jornalistas - ou seja, mais de 600 pessoas - vão participar da cerimônia.

"Nosso casamento é muito midiático, o que pode intimidar um pouco, mas estamos cuidando para que a sua finalidade não seja esquecida. O que queremos é a igualdade para todos, que todos possam se casar na prefeitura de suas cidades", declarou Bruno Boileau.


O casamento será celebrado em Montpellier devido à militância da prefeita da cidade, a socialista Hélène Mandroux. Em 2011, a prefeita casou, simbolicamente, dois homossexuais.

"Não quero alvoroço, não sou famosa. Nesse momento deve prevalecer o respeito ao acontecimento", afirmou a prefeita.

A cerimônia será sóbria. Depois de perguntar aos dois se aceitam um ao outro como marido e escutar o "sim" de cada um, a prefeita dirá aos noivos: "Eu vos declaro unidos pelo vínculo do matrimônio".

Temendo manifestações hostis, a prefeitura pediu que não seja organizada uma festa na área externa. Uma festa particular com os parentes do casal será celebrada em um local que é mantido em segredo.

A lei que autoriza o casamento e a adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo foi aprovada pelo Parlamento francês em 23 de abril. Depois de um recurso da oposição de direita ao Conselho Constitucional, a corte validou a medida em 17 de maio, que foi promulgada pelo chefe de Estado no dia seguinte.

A França é o 14º país do mundo a legalizar o casamento gay.

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