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Pressão de procuradores pode ser chance para reformar a Fifa

A decisão da Fifa de estabelecer sua força-tarefa para propor reformas foi alvo de críticos que dizem que a organização se mostrou incapaz de se transformar

Os principais patrocinadores da Fifa, como Coca-Cola e Visa, se juntaram a grupos anticorrupção que exigem que a Fifa aceite em estabelecer uma comissão de reforma inteiramente independente (VALERIANO DI DOMENICO/AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2015 às 15h42.

Nova York - Procuradores norte-americanos podem tentar estabelecer um monitor escolhido por um tribunal para assegurar que a Fifa se recupere de escândalos de corrupção no futebol, de acordo com advogados que ajudaram companhias e outras entidades afetadas por problemas durante períodos de reforma.

A decisão da Fifa na semana passada de estabelecer sua própria força-tarefa para propor reformas foi alvo de críticos que dizem que a organização se mostrou, durante muitos anos, incapaz de se transformar sozinha.

Os principais patrocinadores da Fifa, como Coca-Cola e Visa, se juntaram a grupos anticorrupção que exigem que a Fifa aceite em estabelecer uma comissão de reforma inteiramente independente. O diretor-executivo da Visa, Charlie Scharf, disse na quinta-feira que a resposta da Fifa sobre as acusações de corrupção foram "totalmente inadequadas" e mostraram uma falta de consciência da necessidade de mudança.

Mas há poucos sinais de que a organização sediada em Zurique vai voluntariamente atender aos pedidos por uma comissão independente ou mudanças maiores.

Outro caminho para a reforma poderia surgir do caso no tribunal norte-americano contra nove atuais e ex-dirigentes da Fifa e grupos relacionados, mais cinco executivos. Todos foram acusados em maio de crimes relacionados a propinas, inclusive o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Procuradores afirmam que a investigação está longe de terminar.

Especialistas legais dizem que em muitos outros casos monitores externos foram colocados por procuradores dos EUA para limpar a corrupção ou outros comportamentos ruins em organizações, como grandes bancos.

Michael Cherkasky, que agora serve como o monitor do grupo bancário HSBC após acusações de lavagem de dinheiro, disse que procuradores poderiam decidir levar o caso Fifa para além de acusações individuais.

"O que descobrimos é que colocar alguém na cadeia não muda a cultura de uma organização", disse Cherkasky, ex-procurador que também foi um monitor no Departamento de Polícia de Los Angeles. "Se você tem um problema estrutural-cultural, onde existe uma enorme habilidade de pessoas no poder para criar grandes lucros e agirem de forma corrupta, então a próxima pessoa geralmente toma vantagem desta estrutura", disse.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos não deu indicações de que pretende impor um monitor e por enquanto diz que a Fifa e suas ramificações foram vítimas de dirigentes tentando tirar proveito do esporte para o próprio ganho. Procuradores no caso se negaram a comentar se monitores poderiam ser considerados.

Monitores podem ser instalados como resultado de um acordo fora do tribunal, como parte de um acordo judicial depois de uma acusação, ou imposto por um juiz durante um caso.

Uma pessoa familiarizada com as ideias da Fifa disse que a organização não antecipa se será necessária a presença de um monitor, uma vez que todas as suas reformas estiverem ativas.

Uma porta-voz da Fifa afirmou: "A Fifa está cooperando com as investigações dos EUA e autoridades suíças e não irá comentar ou especular sobre o curso destas investigações".

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Nova York - Procuradores norte-americanos podem tentar estabelecer um monitor escolhido por um tribunal para assegurar que a Fifa se recupere de escândalos de corrupção no futebol, de acordo com advogados que ajudaram companhias e outras entidades afetadas por problemas durante períodos de reforma.

A decisão da Fifa na semana passada de estabelecer sua própria força-tarefa para propor reformas foi alvo de críticos que dizem que a organização se mostrou, durante muitos anos, incapaz de se transformar sozinha.

Os principais patrocinadores da Fifa, como Coca-Cola e Visa, se juntaram a grupos anticorrupção que exigem que a Fifa aceite em estabelecer uma comissão de reforma inteiramente independente. O diretor-executivo da Visa, Charlie Scharf, disse na quinta-feira que a resposta da Fifa sobre as acusações de corrupção foram "totalmente inadequadas" e mostraram uma falta de consciência da necessidade de mudança.

Mas há poucos sinais de que a organização sediada em Zurique vai voluntariamente atender aos pedidos por uma comissão independente ou mudanças maiores.

Outro caminho para a reforma poderia surgir do caso no tribunal norte-americano contra nove atuais e ex-dirigentes da Fifa e grupos relacionados, mais cinco executivos. Todos foram acusados em maio de crimes relacionados a propinas, inclusive o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Procuradores afirmam que a investigação está longe de terminar.

Especialistas legais dizem que em muitos outros casos monitores externos foram colocados por procuradores dos EUA para limpar a corrupção ou outros comportamentos ruins em organizações, como grandes bancos.

Michael Cherkasky, que agora serve como o monitor do grupo bancário HSBC após acusações de lavagem de dinheiro, disse que procuradores poderiam decidir levar o caso Fifa para além de acusações individuais.

"O que descobrimos é que colocar alguém na cadeia não muda a cultura de uma organização", disse Cherkasky, ex-procurador que também foi um monitor no Departamento de Polícia de Los Angeles. "Se você tem um problema estrutural-cultural, onde existe uma enorme habilidade de pessoas no poder para criar grandes lucros e agirem de forma corrupta, então a próxima pessoa geralmente toma vantagem desta estrutura", disse.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos não deu indicações de que pretende impor um monitor e por enquanto diz que a Fifa e suas ramificações foram vítimas de dirigentes tentando tirar proveito do esporte para o próprio ganho. Procuradores no caso se negaram a comentar se monitores poderiam ser considerados.

Monitores podem ser instalados como resultado de um acordo fora do tribunal, como parte de um acordo judicial depois de uma acusação, ou imposto por um juiz durante um caso.

Uma pessoa familiarizada com as ideias da Fifa disse que a organização não antecipa se será necessária a presença de um monitor, uma vez que todas as suas reformas estiverem ativas.

Uma porta-voz da Fifa afirmou: "A Fifa está cooperando com as investigações dos EUA e autoridades suíças e não irá comentar ou especular sobre o curso destas investigações".

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