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Presidente do Irã defende direito do país de responder a Israel, mas diz que não busca a guerra

Masoud Pezeshkian afirmou que o povo iraniano e a República Islâmica demonstraram que nunca se renderão a qualquer agressor

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, participa da reunião de formato estendido da cúpula do BRICS em Kazan em 23 de outubro de 2024 (Alexander NEMENOV/AFP)

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, participa da reunião de formato estendido da cúpula do BRICS em Kazan em 23 de outubro de 2024 (Alexander NEMENOV/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 28 de outubro de 2024 às 08h27.

Última atualização em 28 de outubro de 2024 às 08h31.

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O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, defendeu neste domingo, 27, o direito de seu país em responder ao recente ataque de Israel contra vários pontos do Irã, embora tenha afirmado que Teerã não procura a guerra.

“Não procuramos a guerra, mas defenderemos os direitos da nossa nação e do nosso país. Daremos uma resposta adequada à agressão do regime sionista (Israel)”, assegurou Pezeshkian na reunião semanal do seu gabinete, segundo a agência de notícias iraniana "Irma".

Pezeshkian afirmou que o povo iraniano e a República Islâmica demonstraram que nunca se renderão a qualquer agressor.

Na madrugada de sábado, Israel lançou ataques “precisos” contra alvos militares nas províncias iranianas de Ilam, Khuzistão e Teerã.

Esta ofensiva foi uma resposta aos 180 mísseis disparados pelo Irã contra Israel em 1º de outubro, que foi uma represália pelos assassinatos de líderes dos grupos libanês Hezbollah e palestino Hamas, que compõem a aliança anti-Israel 'Eixo da Resistência', juntamente com os houthis do Iêmen e as milícias iraquianas, lideradas por Teerã.

O mandatário iraniano condenou os bombardeios israelenses contra Gaza e Líbano e disse que se “a agressão israelense e seus crimes continuarem, as tensões irão se espalhar”.

Pezeshkian acusou os Estados Unidos de “causar as tragédias” cometidas por Tel Aviv, em alusão à morte de dezenas de milhares de pessoas e aos milhões de deslocados.

“Hoje o mundo testemunha que os apoiadores deste regime ocupante, liderado pelos Estados Unidos, afirmam lutar pelos direitos humanos e pela liberdade, mas permaneceram em silêncio diante do massacre de dezenas de milhares de mulheres e crianças por este regime brutal", denunciou Pezeshkian.

O presidente iraniano também criticou o bloqueio da ajuda humanitária a Gaza.

“O bloqueio do acesso a alimentos e medicamentos ao povo oprimido de Gaza é um dos princípios da guerra e do mundo civilizado?”, questionou.

As autoridades iranianas criticaram repetidamente o apoio político e armamentista dos Estados Unidos e de outros países ocidentais a Israel na guerra contra Gaza e Líbano.

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