Mundo

Premiê tailandesa pede negociação mas polícia usa violência

Yingluck Shinawatra, disse nesta segunda-feira estar disposta a "abrir todas as portas" em busca de uma solução pacífica para a crise política no país

Manifestante: três pessoas foram mortas a tiros neste fim de semana, incluindo dois apoiadores do governo que estavam em um protesto no leste de Bangcoc e um estudante (Damir Sagolj/Reuters)

Manifestante: três pessoas foram mortas a tiros neste fim de semana, incluindo dois apoiadores do governo que estavam em um protesto no leste de Bangcoc e um estudante (Damir Sagolj/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 08h06.

Bangcoc - A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, disse nesta segunda-feira estar disposta a "abrir todas as portas" em busca de uma solução pacífica para a crise política no país, mas a polícia usou balas de borracha contra manifestantes que tomaram as ruas da capital pedindo a queda do governo.

A premiê afirmou, em coletiva de imprensa, que a polícia não usaria a força contra os manifestantes. Depois, no entanto, o chefe de segurança nacional disse que balas de borracha estavam sendo usadas, à medida que os manifestantes ameaçavam avançar sobre o gabinete de Yingluck, ponto central das manifestações desde o fim de semana.

A violência é o último ingrediente em um conflito que opõe a classe média e a elite real de Bangcoc contra os mais pobres e camponeses que apoiam Yingluck e seu irmão, Thaksin Shinawatra, um ex-premiê populista deposto por um golpe militar em 2006 que vive em auto-exílio.

Um repórter da Reuters disse que manifestantes conseguiram ocupar pelo menos a primeira barreira de concreto usada pelas autoridades para proteger a sede do governo, no coração de Bangcoc.

Após usar gás lacrimogêneo no domingo para dispersar os manifestantes, a polícia intensificou a reação na segunda-feira.

"Estamos alternando entre o uso de canhões de água, gás lacrimogêneo e balas de borracha. Balas de borracha estão sendo usadas apenas em uma área, na ponto próxima à sede do governo", disse o chefe do Conselho Nacional de Segurança, Paradorn Pattanathabutr, à Reuters.

Três pessoas foram mortas a tiros neste fim de semana, incluindo dois apoiadores do governo que estavam em um protesto no leste de Bangcoc e um estudante de universidade próxima. Uma quarta pessoa foi encontrada morta em um ônibus queimado nas proximidades, disse a polícia.

Um líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, reuniu-se com Yingluck no domingo, mas insistiu que não haveria negociação para dar fim à pior crise política desde 2010.

"Eu disse a Yingluck que se a polícia abaixar suas armas, nós vamos saudá-los, já que são também tailandeses", disse ele a seus apoiadores após o encontro. "Eu disse a Yingluck que esta foi nossa única reunião e que não vamos nos encontrar novamente até que o povo vença."

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaPolítica no BrasilProtestosTailândiaViolência policial

Mais de Mundo

El Salvador apreende mais de uma tonelada de cocaína e armas de guerra em alto mar

OMS pede aumento da produção de vacinas contra mpox

OEA aprova por consenso resolução que pede que Maduro divulgue as atas eleitorais na Venezuela

Luis Abinader assume segundo mandato como presidente da República Dominicana

Mais na Exame