Exame Logo

Premiê do Japão promete país mais forte após desastres

Shinzo Abe prometeu acelerar a reconstrução dos danos causados pelo terremoto, tsunami e uma crise nuclear e afirmou que o país emergirá mais forte

Primeiro-ministro do Japão presta homenagem às vítimas do terremoto e tsunami que atingiram o país em 2011, em Tóquio (Junji Kurokawa/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 10h00.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão , Shinzo Abe, prometeu nesta segunda-feira acelerar a reconstrução dos danos causados por um terremoto, um tsunami e uma crise nuclear de dois anos atrás, e afirmou que o país emergirá mais forte do seu pior desastre desde a 2ªGuerra Mundial.

Às 14h46 (hora local) de 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9,0 atingiu o nordeste do Japão, causando um tsunami com ondas de até 30 metros de altura que varreu moradores e suas casas. A usina nuclear de Fukushima ficou parcialmente destruída, com vazamento de radiação. Quase 19 mil pessoas morreram e cerca de 315 mil ficaram desabrigadas.

A tripla calamidade chocou uma nação que se considerava preparada para desastres e que considerava a energia nuclear, responsável na época por 30 por cento da oferta energética do país, era limpa, segura e barata.

Uma comissão de especialistas nomeados pelo Parlamento para investigar a crise nuclear descreveu-a como um desastre de causa humana, resultante do "conluio" entre governo, agências reguladoras e a empresa dona da usina.

"Nossos ancestrais superaram muitas dificuldades, e a cada vez emergiram mais forte", disse Abe, de 58 anos, durante uma cerimônia em Tóquio, com a presença do imperador Akihito e da imperatriz Michiko.

"Prometemos novamente aprender com elas e avançar, dando as mãos uns aos outros", acrescentou Abe, um conservador que tomou posse em dezembro prometendo restaurar o crescimento econômico e o orgulho nacional.


Abe antes havia aparecido num anúncio publicado em jornais em inglês, exaltando as virtudes do "Novo Japão" dois anos depois da tragédia.

Mas a reconstrução do nordeste japonês ainda é irregular, e quase 300 mil pessoas continuam em moradias improvisadas.

"Estamos numa encruzilhada de ter de decidir como vamos viver e quais ações devemos tomar", disse o comerciante de automóveis Sakari Minato, de 49 anos, na cidade de Yamada. Ele continua morando em uma casa danificada pelo tsunami.

"Em Tóquio, a economia pode estar melhorando, conforme as bolsas sobem, mas demora para que o efeito se permeie até a periferia." A usina de Fukushima Daiichi já está estabilizada, mas a desmontagem dos reatores danificados levará décadas e custará bilhões de dólares. Muitos dos 160 mil moradores que fugiram dos arredores jamais poderão voltar.

Esse foi o pior acidente nuclear do mundo desde a explosão da usina ucraniana de Chernobyl, em 1986. Um estudo da Organização Mundial da Saúde no mês passado mostrou que as pessoas nas áreas mais atingidas têm risco agravado para certos tipos de câncer, mas que para a população japonesa como um todo os riscos para a saúde são baixos.

O premiê disse numa entrevista coletiva que vai acelerar a reconstrução de áreas devastadas. "A reconstrução é uma batalha contra o tempo", disse ele. "O governo Abe vai promover uma reconstrução que as pessoas possam realmente sentir, implementando (medidas) uma a uma." (Reportagem adicional de Yoko Kubota e Kaori Kaneko)

Veja também

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão , Shinzo Abe, prometeu nesta segunda-feira acelerar a reconstrução dos danos causados por um terremoto, um tsunami e uma crise nuclear de dois anos atrás, e afirmou que o país emergirá mais forte do seu pior desastre desde a 2ªGuerra Mundial.

Às 14h46 (hora local) de 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9,0 atingiu o nordeste do Japão, causando um tsunami com ondas de até 30 metros de altura que varreu moradores e suas casas. A usina nuclear de Fukushima ficou parcialmente destruída, com vazamento de radiação. Quase 19 mil pessoas morreram e cerca de 315 mil ficaram desabrigadas.

A tripla calamidade chocou uma nação que se considerava preparada para desastres e que considerava a energia nuclear, responsável na época por 30 por cento da oferta energética do país, era limpa, segura e barata.

Uma comissão de especialistas nomeados pelo Parlamento para investigar a crise nuclear descreveu-a como um desastre de causa humana, resultante do "conluio" entre governo, agências reguladoras e a empresa dona da usina.

"Nossos ancestrais superaram muitas dificuldades, e a cada vez emergiram mais forte", disse Abe, de 58 anos, durante uma cerimônia em Tóquio, com a presença do imperador Akihito e da imperatriz Michiko.

"Prometemos novamente aprender com elas e avançar, dando as mãos uns aos outros", acrescentou Abe, um conservador que tomou posse em dezembro prometendo restaurar o crescimento econômico e o orgulho nacional.


Abe antes havia aparecido num anúncio publicado em jornais em inglês, exaltando as virtudes do "Novo Japão" dois anos depois da tragédia.

Mas a reconstrução do nordeste japonês ainda é irregular, e quase 300 mil pessoas continuam em moradias improvisadas.

"Estamos numa encruzilhada de ter de decidir como vamos viver e quais ações devemos tomar", disse o comerciante de automóveis Sakari Minato, de 49 anos, na cidade de Yamada. Ele continua morando em uma casa danificada pelo tsunami.

"Em Tóquio, a economia pode estar melhorando, conforme as bolsas sobem, mas demora para que o efeito se permeie até a periferia." A usina de Fukushima Daiichi já está estabilizada, mas a desmontagem dos reatores danificados levará décadas e custará bilhões de dólares. Muitos dos 160 mil moradores que fugiram dos arredores jamais poderão voltar.

Esse foi o pior acidente nuclear do mundo desde a explosão da usina ucraniana de Chernobyl, em 1986. Um estudo da Organização Mundial da Saúde no mês passado mostrou que as pessoas nas áreas mais atingidas têm risco agravado para certos tipos de câncer, mas que para a população japonesa como um todo os riscos para a saúde são baixos.

O premiê disse numa entrevista coletiva que vai acelerar a reconstrução de áreas devastadas. "A reconstrução é uma batalha contra o tempo", disse ele. "O governo Abe vai promover uma reconstrução que as pessoas possam realmente sentir, implementando (medidas) uma a uma." (Reportagem adicional de Yoko Kubota e Kaori Kaneko)

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesastres naturaisJapãoPaíses ricosPolíticosShinzo Abe

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame