Mundo

Premiê do Japão e sua política econômica têm forte apoio

Eleitores mantêm apoio ao primeiro-ministro à medida que sua política econômica ajuda a enfraquecer o iene e a alavancar os preços das ações

Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, aperta a mão de visitantes durante a festa da flor de cerejeira no parque Shinjuku Gyoen de Tóquio (Toru Hanai/Reuters)

Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, aperta a mão de visitantes durante a festa da flor de cerejeira no parque Shinjuku Gyoen de Tóquio (Toru Hanai/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 11h32.

Tóquio - Os eleitores japoneses mantêm um forte apoio ao primeiro-ministro Shinzo Abe, à medida que sua política econômica, conhecida como "Abenomics", ajuda a enfraquecer o iene e a alavancar os preços das ações, mas eles têm pouco interesse em seu plano de revisar a Constituição pacifista, mostraram pesquisas de jornais nesta segunda-feira.

Abe, que retornou ao cargo depois que seu conservador Partido Liberal Democrático (PLD) venceu as eleições em dezembro, prometeu derrotar a deflação com uma combinação de política monetária muito frouxa e amplos gastos fiscais.

O apoio do eleitorado ao governo Abe chegou a 76 por cento em uma pesquisa do diário de negócios Nikkei, acima dos 69 por cento na pesquisa anterior em março, um bom prenúncio para a performance do PLD em uma eleição do Senado esperada para julho.

O nível de aprovação foi o maior desde 2001, quando o líder carismático Junichiro Koizumi estava no poder, informou o jornal.

Uma pesquisa da agência de notícias Kyodo, divulgada no sábado, mostrou o nível de apoio a Abe em 72,1 por cento, um ponto percentual acima da pesquisa anterior, mas a pesquisa do jornal Mainichi mostrou o apoio a Abe cair 4 pontos percentuais ante a pesquisa anterior, para 66 por cento.

O apoio de 66 por cento ainda é relativamente alto. Nos dias finais do governo do ex-primeiro-ministro Yoshihiko Noda, os níveis de suporte para o gabinete do Partido Democrático estavam abaixo dos 20 por cento.

A pesquisa do jornal Mainichi também mostrou interesse limitado em revisar a Constituição. A pesquisa mostrou que tópicos como recuperação econômica, seguridade social e geração de energia nuclear estão na lista de preferências.

Abe visa revisar a Constituição pacifista pós-Segunda Guerra Mundial para afrouxar os limites da militarização. Mas primeiro, ele está propondo mudar as regras para uma revisão deste tipo, para que o apoio de uma simples maioria de parlamentares, ao invés de dois terços, possa iniciar o processo.

A Constituição nunca foi formalmente alterada desde que foi esboçada pelas forças de Ocupação norte-americanas em 1947, mas há décadas o governo vêm ampliando os limites do Artigo Nove da Constituição, que se for interpretado rigorosamente, bane até a manutenção de uma tropa militar.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaJapãoPaíses ricosPolítica monetáriaPolíticosShinzo Abe

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país