Primeiro-ministro da Romênia, Victor Ponta (REUTERS/Octav Ganea/Mediafax)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2015 às 13h02.
Bucareste - O primeiro-ministro da Romênia, Victor Ponta, rejeitou nesta sexta-feira os pedidos de renúncia depois que promotores o mencionaram em uma investigação criminal de falsificação, lavagem de dinheiro, conflito de interesse e evasão fiscal.
Ponta negou qualquer delito, e seu gabinete declarou em um comunicado que as acusações já haviam sido feitas por seus inimigos políticos e “meticulosamente desmanteladas... através de provas claras e documentos certificados”.
Os promotores romenos fizeram uma série de prisões de figuras importantes este ano no país, que continua sendo um dos mais pobres e mais assolados pela corrupção entre os 28 membros da União Europeia.
Ex-promotor que assumiu como premiê em 2012, Ponta enfrenta uma eleição geral no ano que vem.
Seu governo atualmente procura aprovar uma série de cortes de impostos polêmicos no Parlamento e está envolvido em conversas duras com credores internacionais em busca de um acordo de socorro financeiro.
A investigação contra Ponta pode aumentar a instabilidade na Romênia, um mal do qual a nação vem sofrendo no quarto de século transcorrido desde a queda de uma ditadura comunista, embora o premiê tenha sobrevivido a vários escândalos anteriores.
O inquérito contra Ponta diz respeito basicamente à sua atuação como advogado e o acusa de se aliar com Dan Sova, ex-ministro dos Transportes do gabinete de Ponta que já foi alvo de uma investigação de corrupção.