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Prefeitura de Moscou proíbe parada gay

A Prefeitura justifica que seu dever é garantir "o respeito à moralidade" e o "patriotismo"

Pessoa caminha em rua pintada com as cores da bandeira gay: todos os anos as autoridades de Moscou proíbem militantes homossexuais de organizar manifestações. (REUTERS/David Gray)
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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 16h05.

Moscou - A Prefeitura de Moscou voltou a rejeitar um pedido de militantes homossexuais para a realização de uma parada gay na capital russa, justificando que seu dever é garantir "o respeito à moralidade" e o "patriotismo".

"Nós preparamos respostas para todos os pedidos apresentados pelos organizadores e anunciamos a nossa recusa", declarou uma autoridade local, Alexei Maiorov, citado pela agência de notícias Interfax.

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"Nós devemos zelar pelo respeito à moralidade e ensinar o patriotismo às novas gerações, e não aspirações estrangeiras", explicou.

O funcionário citado pela agência Ria Novosti acrescentou que a polícia agirá contra qualquer tentativa de organizar uma parada gay sem autorização.

Segunda-feira, uma associação de homossexuais apresentou à Prefeitura de Moscou um pedido para organizar uma manifestação e uma marcha nos dias 25 e 26 de maio em um parque na capital.

Um dos organizadores, Nikolai Alexeiev, afirmou nesta quarta-feira em um comunicado que, em caso de interdição, eles apresentarão uma queixa na Justiça.

A presidente do grupo de defesa dos direitos Humanos Helsinki, Liudmila Alexeieva, denunciou a decisão das autoridades.


"A homofobia aqui é uma política de Estado", considerou Alexeïeva, citada pela Interfax.

Todos os anos as autoridades de Moscou proíbem militantes homossexuais de organizar manifestações.

Tentativas de realizar marchas sem autorização terminaram em várias ocasiões em incidentes violentos entre militantes homossexuais e membros de organizações conservadoras.

Os militantes homossexuais são vistos de forma muito negativa na Rússia. A homossexualidade era considerada crime até 1993, uma doença mental até 1999, muito depois da queda do regime soviético em 1991.

Em São Petersburgo, segunda maior cidade do país, uma lei adotada no ano passado pune os autores de qualquer "ato público que promova a homossexualidade e a pedofilia". O texto é denunciado pelos defensores das liberdades por ligar a homossexualidade à pedofilia.

O presidente russo Vladimir Putin anunciou no final de fevereiro que a Rússia poderia revisar os acordos de adoção com os países que legalizaram o casamento homossexual.

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