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Por que anúncio de China e Estados Unidos é tão importante?

Qualquer tentativa de acordo climático suficiente para assegurar que temperatura média do planeta não ultrapasse 2ºC não é possível sem compromisso dos 2 países

Obama e Xi Jinping: EUA e China estão apontando que é possível se desenvolver promovendo redução de emissões (Feng Li/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 16h28.

São Paulo - Estados Unidos e China , as duas maiores economias do planeta, são também os maiores produtores e consumidores de energia e os dois principais emissores de gases de efeito estufa (GEE), tanto considerando as emissões atuais, lideradas pela China, como as emissões históricas, lideradas pelos EUA.

Qualquer tentativa de um novo acordo climático suficientemente ambicioso para assegurar que a temperatura média do planeta não ultrapasse o limite de 2ºC não é possível sem o compromisso destes dois gigantes.

Por isso o anúncio conjunto de EUA e China de metas ambiciosas para redução de suas emissões após 2020 é tão importante: o governo americano se comprometeu a reduzir de 26 a 28% suas emissões até 2025 quando comparado com as emissões de 2005 e a China compromete-se a ter o pico de suas emissões (e a partir daí um declínio) antes de 2030 e atingir 20% de energia de fontes não fósseis no mesmo ano.

Na última década, as emissões de GEE no país asiático cresceram cerca de 5% ao ano e já representam cerca de um quarto do total de CO2 liberado na atmosfera terrestre.

O anúncio de ontem (13/11), em que a China afirma que irá ter o pico de emissões o mais cedo possível, antes de 2030, revela uma perspectiva de desaceleração acentuada nos próximos anos.

Caso isso acontece, haverá um impacto na demanda de combustíveis fósseis em todo mundo e provocará a redução de subsídios, que representam meio trilhão de dólares anualmente.

Por outro lado, para atingir a meta de 20% de energias de fontes não fósseis, a China deverá triplicar ou quadruplicar investimentos anuais em fontes renováveis.

As curvas de custos destas energias deverão ter queda ainda mais acentuada que na ultima década com reflexos em todo o planeta.

Os Estados Unidos respondem por 10% das emissões globais e já tiveram o pico de suas emissões em meados da década passada.

Já tinham uma meta de redução de 17% das emissões em 2020, quando comparada com 2005, mas o ritmo de queda era insuficiente para uma redução substancial de pelo menos 80% até 2050 (quando comparado aos níveis de 1990).

A divulgação da nova meta para 2025 indica uma aceleração do ritmo de queda das emissões americanas de 1,2% para 2,5% ao ano em média.

Este novo índice já coloca a nação americana na trajetória de 80% de redução até 2050.

Mas o mais importante sinal é que se as duas maiores economias (uma desenvolvida e outra em desenvolvimento) e maiores consumidores de energia estão apontando que é possível se desenvolver promovendo redução de emissões.

Recentemente a Europa, que responde por 9% das emissões globais, assumiu o compromisso de diminuir em 40% suas emissões até 2030, quando comparado aos níveis da década de 90.

Com o novo acordo entre os governos chinês e americano, os países que representam cerca de 45% das emissões atuais saíram na frente com compromissos que levantam a barra da ambição do novo acordo climático global a ser alcançado em 2015 e devem servir de sinal para que os outros principais emissores como Índia, Rússia, Brasil, Indonésia e Japão também se coloquem o desafio de ser ambiciosos na suas metas de redução de emissões pós 2020.

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São Paulo - Estados Unidos e China , as duas maiores economias do planeta, são também os maiores produtores e consumidores de energia e os dois principais emissores de gases de efeito estufa (GEE), tanto considerando as emissões atuais, lideradas pela China, como as emissões históricas, lideradas pelos EUA.

Qualquer tentativa de um novo acordo climático suficientemente ambicioso para assegurar que a temperatura média do planeta não ultrapasse o limite de 2ºC não é possível sem o compromisso destes dois gigantes.

Por isso o anúncio conjunto de EUA e China de metas ambiciosas para redução de suas emissões após 2020 é tão importante: o governo americano se comprometeu a reduzir de 26 a 28% suas emissões até 2025 quando comparado com as emissões de 2005 e a China compromete-se a ter o pico de suas emissões (e a partir daí um declínio) antes de 2030 e atingir 20% de energia de fontes não fósseis no mesmo ano.

Na última década, as emissões de GEE no país asiático cresceram cerca de 5% ao ano e já representam cerca de um quarto do total de CO2 liberado na atmosfera terrestre.

O anúncio de ontem (13/11), em que a China afirma que irá ter o pico de emissões o mais cedo possível, antes de 2030, revela uma perspectiva de desaceleração acentuada nos próximos anos.

Caso isso acontece, haverá um impacto na demanda de combustíveis fósseis em todo mundo e provocará a redução de subsídios, que representam meio trilhão de dólares anualmente.

Por outro lado, para atingir a meta de 20% de energias de fontes não fósseis, a China deverá triplicar ou quadruplicar investimentos anuais em fontes renováveis.

As curvas de custos destas energias deverão ter queda ainda mais acentuada que na ultima década com reflexos em todo o planeta.

Os Estados Unidos respondem por 10% das emissões globais e já tiveram o pico de suas emissões em meados da década passada.

Já tinham uma meta de redução de 17% das emissões em 2020, quando comparada com 2005, mas o ritmo de queda era insuficiente para uma redução substancial de pelo menos 80% até 2050 (quando comparado aos níveis de 1990).

A divulgação da nova meta para 2025 indica uma aceleração do ritmo de queda das emissões americanas de 1,2% para 2,5% ao ano em média.

Este novo índice já coloca a nação americana na trajetória de 80% de redução até 2050.

Mas o mais importante sinal é que se as duas maiores economias (uma desenvolvida e outra em desenvolvimento) e maiores consumidores de energia estão apontando que é possível se desenvolver promovendo redução de emissões.

Recentemente a Europa, que responde por 9% das emissões globais, assumiu o compromisso de diminuir em 40% suas emissões até 2030, quando comparado aos níveis da década de 90.

Com o novo acordo entre os governos chinês e americano, os países que representam cerca de 45% das emissões atuais saíram na frente com compromissos que levantam a barra da ambição do novo acordo climático global a ser alcançado em 2015 e devem servir de sinal para que os outros principais emissores como Índia, Rússia, Brasil, Indonésia e Japão também se coloquem o desafio de ser ambiciosos na suas metas de redução de emissões pós 2020.

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