Poluição do ar está associada com baixo peso ao nascer e parto prematuro (Scott Olson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2011 às 20h34.
A poluição relacionada ao trânsito nas cidades aumenta as chances de parto prematuro em 30% entre as mulheres grávidas. Estudos têm associado a exposição de poluentes atmosféricos com efeitos adversos no nascimento, mas ainda há relativamente pouca informação a atribuir os efeitos às fontes de emissão específicas ou gases tóxicos.
Beate Ritz, da Universidade da Califórnia, liderou o estudo “Traffic-related air toxics and preterm birth: a population-based case-control study in Los Angeles County, California”, que relaciona o trânsito das cidades e a poluição ao parto pré-maturo. O estudo, feito com cem mil nascimentos, revelou que as substâncias químicas "tóxicas" emitidas por tráfego urbano, danificam a saúde dos bebês que ainda estão em fase de gestação e suas mães.
Foram utilizados dados de três fontes de exposição para analisar os riscos de parto prematuro em mulheres que vivem em Los Angeles quando expostas a altos níveis de poluentes relacionados ao tráfego - incluindo tóxicos específicos - durante a gravidez.
De acordo com a revista Environmental Health, Beate afirmou: "A poluição do ar é conhecida por estar associada com baixo peso ao nascer e parto prematuro".
"Nossos resultados mostram que o tráfego relacionado com os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAH) são motivos de preocupação especial como poluentes, e que as fontes de PAH, além do tráfego contribuíram para o nascimento prematuro”, explicou a pesquisadora. Beat também alertou para o perigo dos poluentes secundários, que segundo o estudo, também impactam negativamente a saúde do feto.
O estudo descobriu que a exposição a "poluentes críticos" como o PAH, ligada aos escapamentos de carro, levou a um aumento de 30% o risco de dar à luz prematuramente. Elementos químicos produzidos por fumaça de óleo diesel foram associados com um risco 10% maior de nascimento prematuro, enquanto as partículas finas de nitrato de amônio foram associadas a um aumento de 21%.