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Polícia turca dispersa manifestantes

Polícia turca dispersou com gás lacrimogêneo e jatos d'água milhares de manifestantes que se reuniram em Ancara e Izmir

Homem ferido em confronto com a polícia em Ancara, na Turquia: pelo menos dois manifestantes ficaram feridos e muitos outros foram detidos pela polícia (Adem Altan/AFP)

Homem ferido em confronto com a polícia em Ancara, na Turquia: pelo menos dois manifestantes ficaram feridos e muitos outros foram detidos pela polícia (Adem Altan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 12h39.

Ancara - A polícia turca dispersou nesta quarta-feira com gás lacrimogêneo e jatos d'água milhares de manifestantes que se reuniram em Ancara e Izmir (oeste) para homenagear o adolescente falecido ontem de ferimentos provocados ​​pela polícia durante a contestação de junho.

Reunidos em uma praça no centro da cidade, os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o governo e tentavam bloquear o tráfego.

As forças de ordem reagiram lançando gás lacrimogêneo, constatou um fotógrafo de AFP.

Pelo menos dois manifestantes ficaram feridos e muitos outros foram detidos pela polícia.

"O Estado assassino deve prestar contas", podia ser lido em um dos cartazes dos manifestantes.

Em pontos de ônibus, os manifestantes colaram cartazes do primeiro-ministro Recep Tayyp Erdogan, apresentando-o como o retrato do robô "assassino" de Berkin Elvan: "perigoso e agressivo".

Em Izmir, metrópole ocidental à margem do Mar Egeu, várias centenas de manifestantes se reuniram convocados por sindicatos e fizeram um minuto de silêncio em memória a Berkin Elvan.

A polícia interveio quando eles invadiram a sede da administração local, segundo informações da rede de televisão NTV.

Uma mulher teve uma perna quebrada por um jato de água lançado pela polícia e vários outros manifestantes foram hospitalizados depois de inalarem gás, de acordo com a rede.

A morte na terça-feira de um jovem de 15 anos, gravemente ferido pela polícia durante a revolta anti-governamental de junho de 2013, reavivou os protestos contra Erdogan, a menos de três semanas das eleições municipais.

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