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Polícia da Bolívia nega que exista ordem para prender Evo Morales

Na noite do domingo, após renunciar, Evo disse pelo Twitter que havia um mandado de prisão contra ele e que grupos violentos tentavam invadir sua residência

Evo Morales: agora ex-presidente da Bolívia disse que pode ser preso, mas a polícia negou (José Luis Quintana / Colaborador/Getty Images)

Evo Morales: agora ex-presidente da Bolívia disse que pode ser preso, mas a polícia negou (José Luis Quintana / Colaborador/Getty Images)

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EFE

Publicado em 11 de novembro de 2019 às 08h52.

La Paz — A polícia da Bolívia negou que haja um mandado de prisão contra Evo Morales, ao contrário do que o agora ex-presidente do país havia anunciado no Twitter.

"Quero informar à população boliviana que não há mandado de prisão contra oficiais do estado como Evo Morales e seus ministros", disse Yuri Calderón, comandante da Polícia Nacional, à emissora de TV boliviana "Unitel".

Calderón esclareceu que é o Ministério Público, e não a polícia, quem emite os mandados de prisão.

Ele afirmou que a "ordem foi emitida para os presidentes dos tribunais eleitorais departamentais e membros departamentais dos tribunais eleitorais".

 

Até agora, 25 mandados de prisão foram executados contra presidentes e membros dos diferentes tribunais eleitorais departamentais, disse Calderón.

No domingo, Evo Morales denunciou que corre risco de ser detido ilegalmente e que grupos violentos invadiram sua casa.

"Denuncio ao mundo e ao povo boliviano que um oficial da polícia anunciou publicamente que tem instrução de executar uma ordem de prisão ilegal contra mim; além disso, grupos violentos invadiram minha casa. Os golpistas destroem o Estado de Direito", escreveu Evo Morales no Twitter.

Na manhã deste domingo, o então presidente havia anunciado sua decisão de convocar novas eleições, após mais de duas semanas de mobilizações dos cidadãos que consideravam ter havido fraude eleitoral, com confrontos entre apoiadores e opositores de Morales.

Horas antes, um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) alertou para graves irregularidades nas últimas eleições gerais boliviana.

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