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Evo Morales renuncia à presidência na Bolívia

Mais cedo, Morales já havia anunciado que país realizaria novas eleições após críticas de irregularidade em pleito realizado em outubro

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Morales: "O que aconteceu é um golpe político e policial" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Morales: "O que aconteceu é um golpe político e policial" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Redação EXAME

Publicado em 10 de novembro de 2019 às, 18h18.

Última atualização em 10 de novembro de 2019 às, 21h57.

São Paulo - Evo Morales renunciou à presidência da Bolívia, após suspeita de fraude nas eleições. O anúncio foi feito em rede nacional de televisão na tarde deste domingo (10). Três ministros também entregaram seus cargos hoje. O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, também renunciou ao posto neste domingo.  

Morales havia convocado mais cedo novas eleições presidenciais, o que reacendeu a pressão de políticos da oposição e de manifestantes pela renúncia do presidente. Pouco antes do anúncio da saída de Morales do cargo, as forças armadas da Bolívia haviam pedido que o presidente entregasse o cargo para um processo de pacificação do país.

Na manhã deste domingo, a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um comunicado recomendando que a Bolívia anulasse as eleições de outubro - que deram a Morales o que seria seu quarto mandato consecutivo - e convocasse um novo pleito. O relatório da OEA foi divulgado em meio a indícios de irregularidades no processo eleitoral e uma onda de protestos violentos que tomaram as ruas bolivianas de la para cá, tanto contra quanto em apoio ao governo.

Em seu discurso de renúncia, Morales disse ser vítima de um golpe "cívico político e policial" e afirmou estar abrindo mão do cargo para conter o avanço da violência no país, em especial contra membros de seu governo e correligionários.

Em meio às manifestações, casas de políticos foram saqueadas e membros de suas famílias foram ameaçados. O arrombamento de suas casas neste fim de semana levou à renúncia, mais cedo, do presidente da Câmara dos Deputados boliviana, Víctor Borda, e também do ministro da Mineração, César Navarro.

"Todos vocês sabem muito bem que, no dia 21 de outubro deste ano [data das eleições], começou o golpe de Estado. (...) O que aconteceu é um golpe político e policial", disse Morales. "Renuncio, sobretudo, para que nossos irmãos e irmãs não sigam sendo agredidos, para que não tenham suas famílias ameaçadas e suas casas incendiadas."

"Entendo perfeitamente a decisão da comissão da OEA [que recomendou o cancelamento das últimas eleições]", continuou Morales. "Ela tomou uma decisão política. (...) Agora me convenci de que alguns técnicos da OEA estão a serviço não das famílias humildes, mas sim de grupos do poder."

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