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PIB americano: anúncio antes do fim

Em meio ao turbilhão político que vive os Estados Unidos, o Departamento de Comércio divulga hoje a primeira estimativa do PIB do terceiro trimestre. Analistas chegam a prever crescimento entre 2,6% e 3%. Os números são positivos: a taxa de desemprego é a menor desde 2007. Além disso, no último trimestre o gasto dos consumidores […]

BARACK OBAMA: em uma eleição normal, o bom momento econômico poderia ajudar a eleger sua sucessora / Tom Pennington/Getty Images
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 20h30.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h43.

Em meio ao turbilhão político que vive os Estados Unidos, o Departamento de Comércio divulga hoje a primeira estimativa do PIB do terceiro trimestre. Analistas chegam a prever crescimento entre 2,6% e 3%.

Os números são positivos: a taxa de desemprego é a menor desde 2007. Além disso, no último trimestre o gasto dos consumidores cresceu 4,3% e o investimento industrial em desenvolvimento de softwares e propriedade intelectual caminhou ao passo mais rápido dos últimos 10 anos. O FMI prevê crescimento de 1,6% ao final do ano, e de 2,2% em 2017.

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O resultado é a última divulgação antes das eleições de novembro. Em uma eleição normal, boas notícias no front econômico seria tudo que o partido democrata, que governa o país há oito anos, deseja. Uma pesquisa da Universidade Yale aponta que, em um ano de bom crescimento econômico, o partido no poder tem mais chances de levar o pleito.

O problema é que, como os americanos estão carecas de saber, esta não é uma eleição normal. Uma fatia crescente da população, especialmente os eleitores do republicano Donald Trump, simplesmente não acredita nos dados oficiais. “As pessoas estão se sentindo melhor, mas afirmam que a economia está piorando. É difícil acreditar que tal reação não é política”, escreveu o economista Paul Krugman, colunista de EXAME Hoje.

Segundo a média das últimas pesquisas, na última semana Trump cresceu 0,8 ponto percentual, chegando aos 39,6% das intenções de voto. Do outro lado, Clinton também vem performando melhor: um aumento de 0,6 ponto percentual no mesmo período, para os atuais 46%. A margem de ambos aumenta porque, na medida que o dia 8 de novembro se aproxima, o número de indecisos cai. Mais de 10 milhões de eleitores já votaram antecipadamente. O PIB de hoje neste contexto, não deve mudar corações e mentes de um país dividido.

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