Pessoas voltam a protestar contra remoção do Muro de Berlim
Ontem, outros quatro trechos do muro original que formam a "East Side Gallery" foram retirados por ordem do grupo de investimentos Living Bauhaus
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2013 às 19h07.
Berlim - Cerca de 600 pessoas voltaram a se reunir nesta quinta-feira para protestar contra a retirada de algumas partes da "East Side Gallery", o trecho mais longo ainda de pé do Muro de Berlim , devido às obras de construção de um arranha-céu de luxo.
Ontem, outros quatro trechos do muro original que formam a "East Side Gallery" foram retirados por ordem do grupo de investimentos Living Bauhaus, responsável pelo controvertido projeto do edifício de apartamentos.
O gerente e proprietário do grupo de investimentos, Maik Uwe Hinkel, afirmou que o trecho de seis metros que foi retirado servirá como acesso de veículos pesados para as obras.
Hinkel garantiu que as partes do muro que foram retiradas serão recolocadas em seu lugar depois que o trabalho for concluído, provavelmente em 2015, segundo a imprensa local.
O presidente da Associação de Artistas do "East Side Gallery", Kani Alavi, tinha anunciado anteriormente sua intenção, em sinal de protesto, de devolver o prêmio "Ordem de Mérito" que lhe foi concedido em 2011 por defender a sobrevida da "East Side Gallery".
"Não é digno que o trabalho pelo qual fui premiado, agora seja novamente destruído pela cidade", afirmou o artista.
A retirada de parte do muro há algumas semanas provocou uma onda de protestos que levaram à paralisação temporária das obras.
Após diversas negociações entre o Executivo berlinense, o distrito de Friedrichshain-Kreuzberg, onde se encontra a "East Side Gallery", o grupo investidor e outros envolvidos, Hinkel se mostrou disposto a estudar a proposta de compromisso do prefeito-governador de Berlim.
A proposta de Wowereit contempla um possível replanejamento do projeto e do acesso ao terreno através de um lote vizinho.
"Isto é tudo menos um compromisso. O que nos vendem como uma suposta solução é exatamente o motivo pelo qual estamos protestando", afirmou o porta-voz da associação "Salvem a "East Side Gallery"", Sascha Disselkamp.
Segundo o ativista, o caráter único desta galeria ao ar livre, que atrai turistas de todo o mundo, será perdido se o projeto do edifício se tornar realidade.
Uma petição popular no site change.org para defender a manutenção da "East Side Gallery" já conta com mais de 82 mil assinaturas contra o projeto.
O Muro de Berlim dividiu a atual capital alemã durante 28 anos, separando a antiga república federal, capitalista e democrática, da extinta Alemanha comunista, e em seus arredores morreram, oficialmente, pelo menos 136 pessoas que tentaram atravessá-lo.
O muro caiu no dia 9 de novembro de 1989, mas alguns trechos foram conservados como uma lembrança da histórica divisão pós-Segunda Guerra Mundial e na atualidade é um dos principais pontos turísticos da capital alemã.
Em 1990, meses depois da queda do muro, 120 artistas participaram da ação coletiva para pintar murais no lado oriental, ao longo dos 1,3 quilômetros que conformam a "East Side Gallery".
Berlim - Cerca de 600 pessoas voltaram a se reunir nesta quinta-feira para protestar contra a retirada de algumas partes da "East Side Gallery", o trecho mais longo ainda de pé do Muro de Berlim , devido às obras de construção de um arranha-céu de luxo.
Ontem, outros quatro trechos do muro original que formam a "East Side Gallery" foram retirados por ordem do grupo de investimentos Living Bauhaus, responsável pelo controvertido projeto do edifício de apartamentos.
O gerente e proprietário do grupo de investimentos, Maik Uwe Hinkel, afirmou que o trecho de seis metros que foi retirado servirá como acesso de veículos pesados para as obras.
Hinkel garantiu que as partes do muro que foram retiradas serão recolocadas em seu lugar depois que o trabalho for concluído, provavelmente em 2015, segundo a imprensa local.
O presidente da Associação de Artistas do "East Side Gallery", Kani Alavi, tinha anunciado anteriormente sua intenção, em sinal de protesto, de devolver o prêmio "Ordem de Mérito" que lhe foi concedido em 2011 por defender a sobrevida da "East Side Gallery".
"Não é digno que o trabalho pelo qual fui premiado, agora seja novamente destruído pela cidade", afirmou o artista.
A retirada de parte do muro há algumas semanas provocou uma onda de protestos que levaram à paralisação temporária das obras.
Após diversas negociações entre o Executivo berlinense, o distrito de Friedrichshain-Kreuzberg, onde se encontra a "East Side Gallery", o grupo investidor e outros envolvidos, Hinkel se mostrou disposto a estudar a proposta de compromisso do prefeito-governador de Berlim.
A proposta de Wowereit contempla um possível replanejamento do projeto e do acesso ao terreno através de um lote vizinho.
"Isto é tudo menos um compromisso. O que nos vendem como uma suposta solução é exatamente o motivo pelo qual estamos protestando", afirmou o porta-voz da associação "Salvem a "East Side Gallery"", Sascha Disselkamp.
Segundo o ativista, o caráter único desta galeria ao ar livre, que atrai turistas de todo o mundo, será perdido se o projeto do edifício se tornar realidade.
Uma petição popular no site change.org para defender a manutenção da "East Side Gallery" já conta com mais de 82 mil assinaturas contra o projeto.
O Muro de Berlim dividiu a atual capital alemã durante 28 anos, separando a antiga república federal, capitalista e democrática, da extinta Alemanha comunista, e em seus arredores morreram, oficialmente, pelo menos 136 pessoas que tentaram atravessá-lo.
O muro caiu no dia 9 de novembro de 1989, mas alguns trechos foram conservados como uma lembrança da histórica divisão pós-Segunda Guerra Mundial e na atualidade é um dos principais pontos turísticos da capital alemã.
Em 1990, meses depois da queda do muro, 120 artistas participaram da ação coletiva para pintar murais no lado oriental, ao longo dos 1,3 quilômetros que conformam a "East Side Gallery".