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IBGE: 58% dos domicílios rurais queimam lixo

Carente de serviço de coleta de resíduos, moradores da zona rural recorrem a uma prática que apresenta riscos à saúde e ao meio ambiente

Queima de materiais plásticos libera dioxinas, substâncias químicas com potencial cancerígeno (Elza Fiúza/Abr)

Vanessa Barbosa

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 16h54.

São Paulo – Dados do Censo 2010 , divulgado nesta quarta pelo IBGE, mostram que em mais da metade dos domicílios brasileiro das zonas rurais, a falta de um sistema de coleta de resíduos leva os moradores à uma prática perigosa: a queima de lixo .

Apesar de ser proibida por lei, essa alternativa cresceu em torno de 10 pontos percentuais, passando de 48,2% em 2000 para 58,1% em 2010. Segundo o IBGE, a dificuldade e o alto custo da coleta do lixo rural tornam a opção de queimá-lo a mais adotada pelos moradores dessas regiões.

Segundo o professor Sérgio Almeida Pacca, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, um dos riscos para saúde dos habitantes é a liberação, pela queima de materiais plásticos, de dioxinas, substâncias químicas com potencial cancerígeno. Outro perigo vem dos resíduos de embalagens de agrotóxicos. Já a emissão de dióxido de carbono, de acordo com o especialista é um problema menor.

“O impacto de poluentes no meio ambiente e também na saúde passa pela concentração desse poluente numa determinada região e também pela maior ou menor exposição da população. No meio rural, a dispersão do poluente é maior, então não chega a agredir os moradores”, explica. Um problema grave nessas regiões é, segundo o professor, a poluição interna gerada pela queima de carvão para uso doméstico. “Nesse caso, a pessoa fica realmente exposta às toxinas”, afirma.

Avanços

De acordo com o Censo 2010, a solução de jogar o lixo em terreno baldio, que em 2000 era adotada por moradores de 20,8% dos domicílios rurais, reduziu para 9,1% . No geral, como os demais serviços de saneamento, a coleta de lixo aumentou em todo o país ( veja infográfico ), passando de 79,0% em 2000 para 87,4% em 2010.

Nas áreas urbanas o serviço de coleta de lixo dos domicílios estava acima de 90%, variando de 93,6% no Norte a 99,3% no Sul, um cenário bem diferente do encontrado na zona rural.

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São Paulo – Dados do Censo 2010 , divulgado nesta quarta pelo IBGE, mostram que em mais da metade dos domicílios brasileiro das zonas rurais, a falta de um sistema de coleta de resíduos leva os moradores à uma prática perigosa: a queima de lixo .

Apesar de ser proibida por lei, essa alternativa cresceu em torno de 10 pontos percentuais, passando de 48,2% em 2000 para 58,1% em 2010. Segundo o IBGE, a dificuldade e o alto custo da coleta do lixo rural tornam a opção de queimá-lo a mais adotada pelos moradores dessas regiões.

Segundo o professor Sérgio Almeida Pacca, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, um dos riscos para saúde dos habitantes é a liberação, pela queima de materiais plásticos, de dioxinas, substâncias químicas com potencial cancerígeno. Outro perigo vem dos resíduos de embalagens de agrotóxicos. Já a emissão de dióxido de carbono, de acordo com o especialista é um problema menor.

“O impacto de poluentes no meio ambiente e também na saúde passa pela concentração desse poluente numa determinada região e também pela maior ou menor exposição da população. No meio rural, a dispersão do poluente é maior, então não chega a agredir os moradores”, explica. Um problema grave nessas regiões é, segundo o professor, a poluição interna gerada pela queima de carvão para uso doméstico. “Nesse caso, a pessoa fica realmente exposta às toxinas”, afirma.

Avanços

De acordo com o Censo 2010, a solução de jogar o lixo em terreno baldio, que em 2000 era adotada por moradores de 20,8% dos domicílios rurais, reduziu para 9,1% . No geral, como os demais serviços de saneamento, a coleta de lixo aumentou em todo o país ( veja infográfico ), passando de 79,0% em 2000 para 87,4% em 2010.

Nas áreas urbanas o serviço de coleta de lixo dos domicílios estava acima de 90%, variando de 93,6% no Norte a 99,3% no Sul, um cenário bem diferente do encontrado na zona rural.

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