Pence diz trabalhar com aliados para pressionar Coreia do Norte
Vice-presidente dos EUA chegou em Tóquio e garantiu ao Japão o compromisso do seu país em conter as ambições nucleares e de mísseis da Coreia do Norte
Reuters
Publicado em 19 de abril de 2017 às 08h45.
Tóquio - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse nesta quarta-feira que Washington vai trabalhar com seus aliados e com a China para colocar pressão econômica e diplomática na Coreia do Norte e acrescentou que o país norte americano vai derrotar qualquer ataque com uma "reação esmagadora".
Pence chegou em Tóquio na terça-feira, vindo da Coreia do Sul e garantiu ao Japão o compromisso dos Estados Unidos em conter as ambições nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, em uma série de reuniões com líderes japoneses, incluindo o primeiro-ministro Shinzo Abe.
Falando à bordo do USS Ronald Reagan, um porta-aviões da classe Nimitz em manutenção agendada no porto de Yokosuka, Pence disse que as intenções dos Estados Unidos continuam inabaláveis frente à ameaça imposta pela reclusa Coreia do Norte, que conduziu uma série de testes nucleares e de mísseis, desafiando as sanções da ONU mais recentemente com o lançamento fracassado de um míssil no domingo.
"Aqueles que desafiarem nossa determinação ou disposição devem saber que nós vamos derrotar qualquer ataque e qualquer uso de armas convencionais ou nucleares com uma reação norte-americana esmagadora e efetiva", disse Pence em meio a aplausos, reiterando que todas as alternativas continuam em aberto quando lidando com Pyongyang.
O vice-presidente norte-americano fez os comentários enquanto a Casa Branca lida com controvérsias sobre a localização do USS Carl Vinson, um grupo de porta-aviões que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse na última semana ter sido enviado para as redondezas da península coreana como um aviso para a Coreia do Norte, mas que seguiu em direção à Austrália.
Pence não mencionou o Carl Vinson ou a controvérsia.
Ele disse ter conversando com Trump e afirmou que até 2020, 60 por cento da frota naval dos Estados Unidos estará na região e que o papel do Japão vai crescer.