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Peña analisa com Obama mudanças na cooperação antidrogas

O presidente mexicano quer modificar o acesso direto às agências de segurança dos EUA


	Obama e Peña Nieto, presidente do México, discutem nova estratégia contra narcotráfico: a partir de agora, os contatos serão intermediados pela Secretaria de Governo
 (Alfredo Estrella/AFP)

Obama e Peña Nieto, presidente do México, discutem nova estratégia contra narcotráfico: a partir de agora, os contatos serão intermediados pela Secretaria de Governo (Alfredo Estrella/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 08h46.

México - O presidente do México, Enrique Peña Nieto, analisou nesta quinta-feira com seu homólogo dos Estados Unidos, Barack Obama, a nova estratégia do governo mexicano na cooperação com as autoridades americanas no combate ao crime organizado.

No primeiro dia da visita de Obama ao México, Peña Nieto afirmou sobre a nova estratégia que "vamos buscar ordenar, institucionalizar e estabelecer canais claros e únicos para uma cooperação que nos permita atingir nosso objetivo de ser mais eficazes e obter melhores resultados".

Peña Nieto quer modificar o acesso direto concedido pelo governo de Felipe Calderón (2006-2012) às agências de segurança dos Estados Unidos nos contatos com os órgãos mexicanos encarregados do combate aos cartéis do narcotráfico.

A partir de agora, os contatos serão intermediados pela Secretaria de Governo, explicou o próprio titular da pasta, Miguel Ángel Osorio Chong.

Obama, cujo país compartilha mais de 3 mil quilômetros de fronteira com o México, disse que lhe parece "natural que um novo governo fixe cuidadosamente como pretende enfrentar algo que considera um problema grave" de segurança.

"Acredito que o presidente Peña Nieto e sua equipe estejam revisando a ótica de como abordar estas funções de maneira eficiente e vamos colaborar para que o México trate de seus problemas internamente", destacou Obama, que prometeu seguir promovendo uma nova legislação para restringir a venda de armas.


O presidente dos Estados Unidos lembrou a "excelente" relação que teve com Calderón, e que apoiou o plano mexicano de mobilização militar para combater o narcotráfico baseado na chamada Iniciativa Mérida, que concedeu 1,9 bilhão de dólares para a compra de equipamentos e treinamento.

Diante do crescimento do poderio dos cartéis, Calderon recebeu uma ajuda americana em dinheiro através da Iniciativa Mérida, plano adotado em 2007 por George W. Bush, mas concedeu uma grande liberdade às agências de segurança e de inteligência americanas para agir diretamente no país.

O governo de Peña Nieto está reavaliando o enfoque deste plano para adaptá-lo a nova estratégia contra o crime organizado, cujo principal objetivo é a redução da violência e está fundamentada em um ambicioso programa social de prevenção da criminalidade, com ampla coordenação entre todos os níveis de governo.

O objetivo estratégico de Peña Nieto é frear a violência ligada ao crime organizado, que causou mais de 70.000 mortes no México nos últimos seis anos.

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