O navio de pesquisas Akademik Shokalskiy é visto encalhado no gelo na Antártida: o navio ficou encalhado na véspera do Natal, durante duas semanas (REUTERS/Andrew Peacock)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 05h56.
Sydney - Os 52 passageiros do navio russo que ficou preso durante duas semanas na calota de gelo da Antártida desembarcaram nesta quarta-feira na Austrália após um resgate que contou com a cooperação de vários países.
Os líderes da expedição se desculparam pelos problemas causados na operação de resgate após a chegada do navio que os transportou até a cidade de Hobart, na ilha australiana da Tasmânia.
Um dos líderes expedicionários, Chris Turney, agradeceu o enorme esforço internacional da missão de resgate que envolveu efetivos de Austrália, China, França e Estados Unidos.
"Todo o mundo está bem de saúde. Estávamos em um maravilhoso navio, muito confortável e bem equipado com um montão de coisas para fazer. Encontramos um ambiente incrível", disse o professor Andrew Peacock durante sua chegada no território australiano.
"A Antártida é um lugar imprevisível, assim como as coisas que podem acontecer por lá", afirmou Peacock.
O navio russo Akademik Shokalskiy ficou encalhado na véspera do Natal com 52 passageiros a bordo, entre eles vários cientistas australianos, neozelandeses e três latino-americanos, além de 22 membros da tripulação.
Os passageiros foram resgatados no dia 2 de janeiro com ajuda de um helicóptero do navio quebra-gelo chinês Xue Long, que os transportou até a embarcação australiana "Aurora Australis" em uma operação complexa que passou por várias complicações devido às condições meteorológicas.
Mas depois, o navio chinês também ficou preso no gelo antártico, assim como o navio russo, o que fez com que a Austrália pedisse ajuda a um navio quebra-gelo americano, até que no dia 7 de janeiro conseguiram se soltar e navegar por si mesmos.