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Passageiros do Costa Concordia pedem mais de US$ 520 mi

A nova versão da ação judicial exige uma indenização de 78 milhões de dólares por danos e 450 milhões de dólares de punição à empresa Carnival Cruise Lines Inc

Especialistas legais afirmaram que será difícil obter vitória nas ações apresentadas na Flórida (Vincenzo Pinto/AFP)

Especialistas legais afirmaram que será difícil obter vitória nas ações apresentadas na Flórida (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 21h00.

São Paulo - Os advogados de 39 passageiros do cruzeiro italiano Costa Concordia, que naufragou em 13 de janeiro em frente à ilha de Giglio, apresentaram nesta terça-feira em uma corte de Miami uma ação revisada que pede indenização de mais de 520 milhões de dólares por danos.

A nova versão da ação judicial exige uma indenização de 78 milhões de dólares por danos e 450 milhões de dólares de punição à empresa Carnival Cruise Lines Inc. com sede em Miami (Flórida) e sua subsidiária Costa Cruise Line, que tem escritórios em Hollywood, Flórida e na Itália.

"Os acusados atuaram com grave imprudência, de uma forma sem sentido, com total despreço pela segurança, pela vida e pelo bem-estar dos demandantes", disse em coletiva de imprensa o advogado Marc Bern, nos arredores da corte do 11º circuito da Flórida no centro de Miami.

Especialistas legais afirmaram que será difícil obter vitória nas ações apresentadas na Flórida, porque as passagens dos cruzeiros Costa dizem que qualquer ação legal contra a empresa deve ser apresentada na Itália.

"Nós acreditamos que teremos sucesso", limitou-se a responder Lewis Shelton, um dos advogados que assessoram este caso presente na coletiva de imprensa.

Entre os 39 demandantes estão passageiros da Itália, Estados Unidos, Alemanha, Kazaquistão, Canadá, Coreia, China e quatro sobreviventes da Venezuela.

"Nosso objetivo com esta ação é que as empresas de cruzeiros deixem de investir em enormes embarcações e na publicidade que vende férias de sonhos que não podem cumprir porque não investem em segurança nem em preparação do pessoal", disse Oscar Alemán, um venezuelano que está em Miami ocupando-se de trâmites legais e recuperando documentos que perdeu no naufrágio.

Um mês depois do naufrágio do Costa Concordia, no qual 32 pessoas morreram e 15 continuam desaparecidas, o cruzeiro continua tombado perto da ilha italiana de Giglio, onde começou no domingo a extração de combustível.

A empresa Costa extendeu para até 31 de março o prazo para que os passageiros cobrem uma compensação de 11.000 euros - pouco mais de 14.000 dólares - mais o reembolso das passagens e os gastos que tiveram para retornar a suas casas.

"Essas são esmolas que nos parecem uma brincadeira", disse Juan Carrasquel, outro dos sobreviventes venezuelanos que nesta terça-feira acompanharam os advogados para apresentar a ação em Miami.

Na nova ação, os advogados americanos enfatizam a responsabilidade do capitão Francesco Schettino, no mal controle dos trabalhos de avaliação do barco e na "negligência da tripulação" que provocou a crise de "angústia emocional" nos passageiros do barco.

Até o momento, a Carnival nos Estados Unidos não respondeu às ligações da AFP.

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