O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, parabenizou o vencedor (Gali Tibbon/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2012 às 18h32.
Jerusalém - A reeleição do presidente Barack Obama nas eleições americanas causou uma onda imediata de reações em círculos políticos israelenses, onde é notória a divergência sobre como seu segundo mandato afetará Israel.
Diante da postura governista e reconciliadora do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do ministro da Defesa, Ehud Barak, que parabenizaram o vencedor e expressaram sua vontade de seguir trabalhando com ele, não são poucos os que expressam abertamente ou de forma velada sua ''preocupação'' e sua ''decepção''.
''Obama não é bom para Israel e nosso temor é que agora comece a exercer pressão sobre Israel para que faça concessões, devido às frias relações entre ele e Netanyahu'', disse à edição digital do ''Yedioth Ahronoth'' um alto dirigente do partido nacionalista Likud.
Sem se identificar para não comprometer o primeiro-ministro, outro deputado que havia expressado abertamente seu apoio a Mitt Romney - não foram poucos na direita israelense nos últimos meses -, lamentou o resultado mas considerou que ''apesar do decepção estou convencido de que ambos trabalharão juntos''.
Um terceiro se atreveu a verbalizar, desta vez usando nome e sobrenome, Danny Danón, a que parece ser a postura generalizada da direita israelense, que ''não se pode confiar'' no presidente dos Estados Unidos.
''Israel não se curvará perante Obama. Não temos em quem confiar além de nós mesmos'', afirmou o deputado, considerado em muitas ocasiões porta-voz de Netanyahu em declarações que não pode fazer por si mesmo.
O próprio primeiro-ministro se limitou a divulgar um breve comunicado em que felicitava o vencedor e expressava sua disposição a trabalhar com ele.
''A aliança estratégica entre EUA é Israel é mais forte que nunca. Continuarei trabalhando com o presidente Obama para garantir os interesses que são vitais para a segurança dos cidadãos israelenses'', notificou.