Park diz que Pyongyang não pode ter armas nucleares
A presidente da Coreia do Sul também disse que a Coreia do Sul está pronta para fornecer ajuda humanitária, sem ligação com a situação política da península
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2013 às 15h35.
Washington - A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, disse ao Congresso norte-americano nesta quarta-feira que nunca aceitará que a Coreia do Norte tenha armas nucleares e que ações provocativas de Pyongyang serão "enfrentadas de forma definitiva".
Mas Park também disse que a Coreia do Sul está pronta para fornecer ajuda humanitária, sem ligação com a situação política da península, e vai tentar estabelecer a confiança entre os dois países contanto que o governo norte-coreano responda da mesma forma.
Trata-se da primeira viagem para o exterior de Park desde que ela assumiu o cargo em fevereiro, duas semanas depois de a Coreia do Norte ter realizado seu último teste nuclear, o terceiro desde 2006, aumentando as tensões na região.
Na terça-feira, Park e o presidente Barack Obama enviaram uma forte mensagem de solidariedade mútua em razão das ameaças norte-coreanas.
Os congressistas norte-americanos aplaudiram Park longamente quando ela entrou no prédio do Legislativo, evidenciando o forte vínculo entre os dois países, forjado durante a Guerra da Coreia.
Seu discurso começou com um tributo aos veteranos norte-americanos do conflito, que ocorreu entre 1950 e 1953, grupo do qual quatro congressistas fazem parte. A visita da presidente marca o 60º aniversário da aliança militar com os Estados Unidos, que mantêm 25.500 soldados na Coreia do Sul.
Park disse que é "presidente de uma nação grata" e que, apoiada pela força da aliança entre Coreia do Sul e Estados Unidos, acredita que "nenhuma provocação norte-coreana pode ser bem-sucedida".
A Coreia do Sul permanece no mais alto nível de prontidão, disse ela, acrescentando que é hora de encerrar o "círculo vicioso" no qual a Coreia do Norte provoca crises de segurança para conseguir recompensas da comunidade internacional.
Ela também apresentou a perspectiva de uma reaproximação e eventual reunificação, desejada também por Pyongyang, contanto que seja pelo modelo socialista.
"Eu vou continuar inflexível no processo de construção de confiança na península coreana. Estou confiante de que a confiança é o caminho para a paz, o caminho para uma Coreia que será única novamente", disse ela aos congressistas. "Mas, como dizemos na Coreia, são necessárias duas mãos para bater palmas." As informações são da Associated Press.