China alega que celebrações são "uma nova forma de corrupção" (China Photos/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 05h27.
Pequim - O Governo chinês anunciou que a partir de 2011 iniciará uma nova campanha para combater a corrupção, que se centrará na redução de carros oficiais e celebrações.
Segundo a imprensa oficial divulgou nesta quarta-feira, Pequim evitará "excessivos fóruns, celebrações e seminários" organizados pelo país, que se transformaram em "uma nova forma de corrupção".
"Muitos grandes eventos que são realizados, a maioria deles de pouca importância, utilizam direta ou indiretamente fundos governamentais", afirmou Zhi Jijia, professor da Academia Chinesa de Governo.
Para o regime comunista, estas celebrações, assim como o exagero de veículos oficiais, produzem rejeição entre a população chinesa.
Neste sentido, o Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) assegurou que "apesar do destacado sucesso em promover um Governo limpo este ano, a campanha anticorrupção ainda enfrenta grandes desafios".
Pequim considera que o alto índice de corrupção do país, especialmente em nível de Governos locais, é uma das principais causas de descontentamento da opinião pública, e por isso a luta contra estes delitos é um dos objetivos primordiais de sua política interna.
Por isso, a justiça do país emite com frequência sentenças "exemplares" deste tipo contra altos cargos declarados corruptos, enquanto o Governo central empreende periodicamente campanhas de averiguação de seus líderes, normalmente em nível regional e local.
Segundo dados oficiais, entre 2003 e 2008, 881 mil funcionários foram penalizados por casos de corrupção, subornos e outras infrações disciplinares.