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Papa lamenta rios de sangue na Ucrânia e pede corredores humanitários

Francisco defendeu o fim dos ataques e a retomada das negociações, do senso comum e o respeito ao direito internacional

Papa Francisco durante missa no Vaticano
12/12/2020
REUTERS/Remo Casilli (Remo Casilli/Reuters Brazil)

Papa Francisco durante missa no Vaticano 12/12/2020 REUTERS/Remo Casilli (Remo Casilli/Reuters Brazil)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 6 de março de 2022 às 15h16.

O papa Francisco lamentou neste domingo os "rios de sangue e de lágrimas" que correm na Ucrânia e pediu a instauração de corredores humanitários para a população civil. Francisco rejeitou o uso do termo "operação militar especial" pela Rússia para a invasão da Ucrânia, dizendo que o país está sendo atingido por uma guerra e pedindo o fim imediato dos combates.

"Na Ucrânia correm rios de sangue e lágrimas, não se trata apenas de uma operação militar, e sim de uma guerra que que semeia morte, destruição e miséria", disse o papa depois da oração do Angelus.

Os comentários foram os mais fortes que o papa já fez sobre o conflito no país, embora, como tem acontecido durante todo o conflito, ele não tenha condenado nominalmente a Rússia. Francisco pediu a instauração de "verdadeiros corredores humanitários" para ajudar a população.

"As vítimas são cada vez mais numerosas, assim como as pessoas que em fuga, em particular mães com seus filhos. A necessidade de ajuda humanitária neste país martirizado aumenta a cada hora de uma forma dramática", afirmou o pontífice.

Entre os fiéis presentes na praça de São Pedro para seguir a oração do Angelus, vários estavam com bandeiras da Ucrânia.

"Faço um apelo do fundo do coração para que sejam instaurados verdadeiros corredores humanitários, e que isto seja uma garantia e se facilite o acesso da ajuda às zonas cercadas para dar um alívio aos nossos irmãos e irmãs oprimidos pelas bombas e pelo medo", disse Francisco.

O papa defendeu o fim dos ataques e a retomada das negociações, do senso comum e o respeito ao direito internacional.

Também agradeceu aos jornalistas que "colocam suas vidas em perigo" para informar ao mundo sobre os acontecimentos na Ucrânia.

Com AFP e Reuters.

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