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Papa Francisco visitará prisão mais violenta da Bolívia

Dentro de cada pavilhão, assassinos reincidentes, narcotraficantes e estupradores impõem suas próprias regras e levam adiante uma lucrativa economia criminal


	O papa Francisco: até os criminosos mais violentos asseguram que o papa estará seguro
 (Giampiero Sposito/Reuters)

O papa Francisco: até os criminosos mais violentos asseguram que o papa estará seguro (Giampiero Sposito/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2015 às 14h21.

Santa Cruz - Os guardas só cuidam do perímetro de Palmasola, a prisão mais violenta da Bolívia. Dentro de cada pavilhão, assassinos reincidentes, narcotraficantes e estupradores impõem suas próprias regras e levam adiante uma lucrativa economia criminal.

O dinheiro pode comprar tudo: uma escova, uma ducha, drogas, proteção, prostitutas e até um "departamento", onde se pode cuidar de um negócio ou, simplesmente, viver relativamente bem.

Na sexta-feira, continuando sua prática de visitar prisões desde que era arcebispo em Buenos Aires, o papa Francisco entrará na prisão de segurança máxima que ocupa 34 hectares na cidade mais povoada da Bolívia, Santa Cruz.

"Nos asseguramos de que as coisas estejam tranquilas por aqui", disse Leonardo Medina, que enfrenta acusações de homicídio, enquanto mascava folha de coca e vestia uma jaqueta vermelha com a palavra "disciplina".

Palmasola ganhou a reputação de ser "a prisão mais perigosa da Bolívia", em grande parte pelos confrontos contínuos entre facções rivais. Em um dos piores episódios, em agosto de 2013, pelo menos 30 presos morreram e dezenas ficaram feridos em uma guerra territorial no pavilhão de segurança máxima, conhecido como "Chonchocorito".

Antes da chegada do papa, os prisioneiros ajeitavam um caminho de pedras enlameadas, limpando enormes pilhas de lixo e paredes dos prédios.

Até os criminosos mais violentos asseguram que o papa estará seguro. "Sua visita é uma benção para nós", disse Ambi Vaca, de 24 anos, que cumpre pena de 15 anos.

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