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Pandemia de coronavírus está "acelerando", diz OMS

A Organização Mundial da Saúde já foi notificada sobre mais de 300 mil casos de coronavírus

Coronavírus: chefe da OMS afirmou que a decisão sobre as Olimpíadas deve ser anunciada em breve (Christopher Black/OMS/Reuters)

Coronavírus: chefe da OMS afirmou que a decisão sobre as Olimpíadas deve ser anunciada em breve (Christopher Black/OMS/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de março de 2020 às 14h19.

Última atualização em 23 de março de 2020 às 20h23.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira, 23, que mais de 300 mil casos de coronavírus já foram reportados à entidade. "Quase todos os países do mundo já registraram coronavírus e a pandemia está acelerando", alertou a autoridade, durante entrevista coletiva em Genebra.

Ghebreyesus destacou que foram necessários 67 dias entre o registro do primeiro caso e que se chegasse a 100 mil casos da doença, 11 dias para que se atingisse a marca de 200 mil "e apenas 4 dias" para ela superar os 300 mil infectados.

Nesse contexto, a OMS insistiu na necessidade de se respeitar orientações como lavar correta e frequentemente as mãos e manter isolamento social.

A coletiva da OMS contou com a presença do presidente da Fifa, o suíço-italiano Gianni Infantino. Também teve uma declaração por vídeo do goleiro Alisson, da seleção brasileira, que falou sobre a importância do comportamento das pessoas para enfrentar esse desafio.

A OMS exibiu ainda um vídeo com vários jogadores populares, como o argentino Messi, para incentivar a conscientização sobre os cuidados contra o coronavírus.

O comando da OMS agradeceu o fato de que um fundo criado para receber contribuições para a luta contra o coronavírus já arrecadou mais de US$ 70 milhões, sendo que desse montante US$ 10 milhões vieram da Fifa.

Medicamentos

O diretor-geral da OMS alertou também para o risco de se utilizar medicamentos que não foram testados de modo adequado. A declaração foi dada durante entrevista coletiva sobre o coronavírus.

Algumas autoridades, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionaram nos últimos dias a cloroquina como um medicamento possível para o tratamento do coronavírus. Autoridades de saúde, inclusive americanas, porém, têm advertido para o fato de que os estudos sobre esse medicamento contra o novo coronavírus ainda são preliminares e advertindo para os riscos do uso indiscriminado. Já usada atualmente para algumas doenças, como a malária, a cloroquina tem efeitos colaterais e contraindicações.

Ghebreyesus afirmou que a OMS deseja produzir evidências de qualidade "o mais rápido possível", nessa luta contra a doença. Para isso, a organização mantém vários estudos, comentou. De qualquer modo, insistiu na necessidade de se testar todos os casos suspeitos e isolar os confirmados, para evitar maior disseminação da doença.

Pedido de solidariedade

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde insistiu na importância da solidariedade entre os líderes do G-20, no combate global ao coronavírus. Durante entrevista coletiva em Genebra, ele mencionou o fato de que alguns países enviam equipes médicas para ajudar outras nações, ressaltando a importância desses atos e também o papel da própria OMS para preparar colaborações do tipo.

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