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Panamá dá visto a delegados da Coreia do Norte

Os delegados vão conversar com os tripulantes do navio norte-coreano detido no Panamá por transportar armamento cubano não declarado


	Vista da Cidade do Panamá: os 35 tripulantes norte-coreanos estão detidos na antiga base militar americana de Sherman, no litoral do Caribe, em instalações especialmente preparadas 
 (Desi Burgos/Wikimedia Commons)

Vista da Cidade do Panamá: os 35 tripulantes norte-coreanos estão detidos na antiga base militar americana de Sherman, no litoral do Caribe, em instalações especialmente preparadas  (Desi Burgos/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 17h43.

Panamá - O governo do Panamá deu visto para delegados da Coreia do Norte entrarem no país e conversarem com os tripulantes do navio norte-coreano detido no Panamá por transportar armamento cubano não declarado, informou o ministro das Relações Exteriores panamenho, Fernando Núñez Fábrega.

Panamá e Coreia do Norte não têm relações diplomáticas nem comerciais. Pelo menos dois funcionários, provavelmente da Embaixada da Coreia do Norte em Cuba, chegarão amanhã para dar "assistência consular" aos 35 tripulantes do navio mercante Chong Chon Gang, em uma visita que terá caráter reservado.

Fábrega disse que a missão norte-coreana "tem uma agenda regulada de acordo mútuo, e o lógico é que eles possam ver os tripulantes".

O chanceler fez a declaração durante ato oficial que estabeleceu relações diplomáticas do país com Kosovo.

Os 35 tripulantes norte-coreanos estão detidos na antiga base militar americana de Sherman, no litoral do Caribe, em instalações especialmente preparadas e que incluem salas de lazer, de acordo com a Cruz Vermelha Panamenha.

Eles foram acusados pela procuradoria panamenha de "atentar contra a segurança coletiva", crime punido com até 12 anos de prisão, e se negaram a falar com as autoridades.

O caso do navio está sendo analisado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Inspetores da ONU estiveram no país neste mês para conseguir informações sobre o navio, o arsenal e a tripulação, para determinar se as resoluções que proíbem Pyongyang de importar e exportar armamento foram violadas.

O Panamá disse que o resultado da investigação da ONU "é crucial para definir o destino" das armas, dos tripulantes e das 10 mil toneladas de açúcar que o arsenal escondia.

O presidente panamenho, Ricardo Martinelli, se mostrou a favor de repatriar a tripulação através de algum mecanismo diplomático. 

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