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Palestinos apresentarão a Obama plano para fronteiras

Eles vão estabelecer um prazo máximo de seis meses para delimitar as fronteiras e os mecanismos de segurança


	Assentamento judeu de Ramat Shlomo, em Jerusalém Oriental: o plano de paz exige que Israel interrompa a construção de assentamentos durante esses seis meses
 (Ahmad Gharabli/AFP)

Assentamento judeu de Ramat Shlomo, em Jerusalém Oriental: o plano de paz exige que Israel interrompa a construção de assentamentos durante esses seis meses (Ahmad Gharabli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 11h11.

Ramala - Os palestinos vão apresentar ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, um plano para retomar as negociações de paz com Israel em conjunto com a Liga Árabe, estabelecendo um prazo máximo de seis meses para delimitar as fronteiras e os mecanismos de segurança.

"A proposta coloca um prazo limite de seis meses para a negociação dos assuntos territoriais e de segurança", disse nesta quarta-feira à Agência Efe uma fonte da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O plano de paz, do qual Obama tomará conhecimento durante visita à região em meados de março, exige que Israel interrompa a construção de assentamentos durante esses seis meses, assim como o cumprimento de todas as obrigações estabelecidas no acordo.

Entre as exigências estão a libertação de presos palestinos - com prioridade para os detidos antes da assinatura dos Acordos de Oslo de 1994 -, o fim das blitzes e controles militares israelenses nas estradas da Cisjordânia e a reabertura de instituições palestinas em Jerusalém Oriental, afirmou a fonte.

A proposta palestina, que concebe uma pequena troca territorial com Israel para não ter que desalojar 65% dos colonos já assentados em território ocupado, tentará também o apoio da comunidade ocidental e, "em paralelo à visita de Obama, uma delegação ministerial árabe visitará capitais europeias para apresentá-la".

"Não está dirigida exclusivamente para os EUA, mas para toda a comunidade internacional", especificou a fonte consultada.

Em sua essência o novo plano se baseia nos princípios defendidos pela OLP em 2010 para retomar as conversas com Israel, que foram interrompidas com o final de uma moratória parcial que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tinha declarado na construção de assentamentos. 

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