Mundo

Palestina agradece reconhecimento do Vaticano

A Organização para a Libertação da Palestina agradeceu o reconhecimento que representa acordo entre o Vaticano e a Palestina, enquanto Israel o criticou


	Manifestantes agitam bandeiras palestinas em frente a um assentamento israelense
 (Musa al-Shaer/AFP)

Manifestantes agitam bandeiras palestinas em frente a um assentamento israelense (Musa al-Shaer/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 17h28.

Jerusalém - A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) agradeceu nesta quarta-feira o reconhecimento que representa a assinatura de um acordo entre o Vaticano e Palestina, enquanto Israel o criticou por considerar que não contribui para a paz.

"Em nome da liderança e do povo palestino, damos as boas-vindas ao reconhecimento do Vaticano ao Estado da Palestina como uma genuína contribuição à paz e à justiça", declarou em comunicado Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da OLP.

A nota assegura que "o significado deste reconhecimento vai além do político e do legal e entra no domínio do simbólico e moral, e envia uma mensagem a todas as pessoas com consciência de que o povo palestino merece o direito à autodeterminação, reconhecimento formal, liberdade e um Estado".

"É nossa esperança que os países que ainda não reconheceram a Palestina o façam em um futuro imediato", acrescentou.

Estas declarações são divulgadas depois que o Vaticano anunciou hoje um acordo com "o Estado da Palestina" no qual apoia a solução de "dois Estados" para o conflito com Israel, o que poderia ajudar ao reconhecimento de uma Palestina independente.

Esse novo pacto representará a continuidade de um anterior assinado entre as autoridades vaticanas e a OLP.

Segundo um comunicado divulgado pela Santa Sé, o documento versa sobre "aspectos essenciais da vida e da atividade da Igreja Católica na Palestina".

O subsecretário vaticano para as Relações com os Estados, Antoine Camilleri, declarou ao jornal "L"Osservatore Romano" que "seria positivo" que o acordo "pudesse ajudar" a ver "estabelecido e reconhecido um Estado da Palestina independente, soberano e democrático que viva em paz e segurança com Israel e seus vizinhos".

Por sua parte, fontes do Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmaram ao jornal israelense "Jerusalem Post" que o acordo não faz avançar o processo de paz e "afasta a liderança palestina de um retorno às relações bilaterais diretas".

Acompanhe tudo sobre:IsraelPaíses ricosPalestinaVaticano

Mais de Mundo

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips