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Países do G7 pedem que Rússia prolongue acordo sobre cereais

"Todos concordam com a necessidade de prolongar o acordo de grãos" que transitam pelo Mar Negro, declarou o diplomata a repórteres

As exportações de grãos dos portos ucranianos foram retomadas esta semana, após o retorno da Rússia ao acordo assinado no final de julho em Istambul (Isa Terli/Anadolu Agency via Getty Images/Getty Images)
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AFP

Publicado em 4 de novembro de 2022 às 10h38.

Os países do G7 pediram à Rússia , nesta sexta-feira (4), que estenda o acordo sobre as exportações de grãos ucranianos, o qual deve expirar em 19 de novembro – informou um diplomata americano, que pediu para não ser identificado.

"Todos concordam com a necessidade de prolongar o acordo de grãos" que transitam pelo Mar Negro, declarou o diplomata a repórteres, à margem de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores das economias mais avançadas em Munster, na Alemanha.

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Ele explicou que os países do G7 apoiaram, em particular, os esforços do secretário-geral da ONU, António Guterres, para "convencer a Rússia a prolongar o acordo".

As exportações de grãos dos portos ucranianos foram retomadas esta semana, após o retorno da Rússia ao acordo assinado no final de julho em Istambul.

O pacto, que expira em 19 de novembro, permitiu a exportação de 10 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas desde 1º de agosto, aliviando a crise alimentar mundial causada pela guerra na Ucrânia.

A este respeito, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu nesta sexta que Rússia e Turquia "vão entregar cereais gratuitamente" aos países africanos em risco de fome, após um anúncio similar de Moscou no sábado.

"Vamos ajudar os países em desenvolvimento", declarou o chefe do Estado turco.

O presidente Vladimir "Putin me disse que deveríamos entregar, gratuitamente, grãos para esses países, como Djibuti, Somália, ou Sudão", disse ele.

Erdogan acrescentou que falarão "mais amplamente durante o G20", previsto para acontecer em meados de novembro na Indonésia.

No sábado, Moscou expressou sua disposição de entregar 500.000 toneladas de grãos, gratuitamente, aos países pobres nos próximos meses, com a ajuda da Turquia.

Os líderes da diplomacia do G7 discutiram, por sua vez, longamente sobre o apoio contínuo à Ucrânia, incluindo sobre "um mecanismo de coordenação dentro do G7 para reparar, defender e restaurar as infraestruturas energéticas" danificadas pelos ataques russos, segundo a mesma fonte.

Na quinta-feira, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, declarou na abertura da reunião que os países do G7 não permitiriam que "a brutalidade desta guerra levasse à morte em massa de idosos e crianças, jovens, ou famílias nos próximos meses de inverno".

Muitas cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, sofreram bombardeios nas últimas semanas que afetaram particularmente as instalações civis, causando cortes de água e de eletricidade.

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, interveio no dia anterior por videoconferência para "fazer um balanço" da situação no seu país, confirmou o diplomata americano.

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