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Paciente que se recuperou de ebola é isolado na Índia

Indiano foi colocado em isolamento no aeroporto Nova Deli após vestígios do vírus serem encontrados em seu sêmen

Funcionário da Médicos Sem Fronteiras usa a roupa de proteção contra o ebola, na Libéria (Pascal Guyot/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 17h54.

Nova Délhi - Um indiano de 26 anos que se recuperou de ebola na Libéria foi colocado em isolamento no aeroporto Nova Deli após vestígios do vírus serem encontrados em seu sêmen, afirmou o Ministério da Saúde da Índia, nesta terça-feira.

A pasta disse que três amostras de sangue do homem testaram negativo para a doença, o que significa que ele é considerado recuperado de acordo com as normas estabelecidas pela

a Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês).

O CDC aconselha sobreviventes da doença a evitarem relações sexuais por três meses ou a usarem preservativos porque o vírus pode continuar a ser encontrado no sêmen durante sete semanas após a recuperação.

O ministério declarou que a decisão de isolar o homem foi tomada "como uma forma de precaução abundante" e que ele ficaria sob quarentena em uma unidade especial de saúde no aeroporto até que seus fluidos corporais testassem negativo para o ebola.

Quando o homem chegou ao aeroporto de Nova Délhi, em 10 de novembro, ele carregava documentos da Libéria confirmando que ele teve sucesso no tratamento da doença e foi considerado livre de que qualquer sintoma. Ele foi colocado em quarentena por precaução e as autoridades testaram seus sangue por diversos dias.

Não houve relatos de casos de ebola na Índia ou na Ásia, mas há receios de que um surto possa se espalhar rapidamente na região onde bilhões vivem na pobreza e os sistemas de saúde públicos são frágeis.

O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia. Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria. O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
  • 2. Mohammed Wah, 23

    2 /15(John Moore/Getty Images)

  • Veja também

    O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
  • 3. Varney Taylor, 26

    3 /15(John Moore/Getty Images)

  • Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
  • 4. Benetha Coleman, 24

    4 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
  • 5. Victoria Masah, 28

    5 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
  • 6. Eric Forkpa, 23

    6 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
  • 7. Emanuel Jolo, 19

    7 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
  • 8. James Mulbah, 2

    8 /15(John Moore/Getty Images)

    O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
  • 9. John Massani, 27

    9 /15(John Moore/Getty Images)

    Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
  • 10. Mohammed Bah, 39

    10 /15(John Moore/Getty Images)

    Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
  • 11. Vavila Godoa, 43

    11 /15(John Moore/Getty Images)

    O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
  • 12. Ami Subah, 39

    12 /15(John Moore/Getty Images)

    Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
  • 13. Peters Roberts, 22

    13 /15(John Moore/Getty Images)

    O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
  • 14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34

    14 /15(John Moore/Getty Images)

    Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
  • 15. Moses Lansanah, 30

    15 /15(John Moore/Getty Images)

    O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.
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