Os melhores países do G20 para ser mulher
Canadá é o melhor país para ser mulher, segundo um estudo da TrustLaw, braço da Fundação Thomson Reuters
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2012 às 20h10.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h22.
São Paulo – O Canadá é o melhor lugar entre as 20 maiores economias do mundo para ser mulher, segundo um levantamento do TrustLaw, serviço de notícias jurídicas da Fundação Thomson Reuters. De acordo com o estudo, que entrevistou 370 especialistas em gênero, a existência de leis para promover a igualdade de gênero, contra a violência e a exploração, aliada a um bom acesso a educação e saúde, garantiram a liderança ao país. Com as diferenças sociais impactando desproporcionalmente as mulheres, o Brasil ficou em 11º lugar, posição intermediária no ranking, que tem como pior colocada a Índia, onde o casamento infantil, o infanticídio e a escravidão sexual ainda são uma realidade. O ranking é baseado em seis categorias – qualidade da saúde, liberdade contra a violência, participação política, oportunidades profissionais, acesso a recursos como educação e direitos de propriedade e liberdade contra o tráfico e a escravidão – e é divulgado a menos de uma semana da cúpula do G20, que se reúne na segunda e na terça-feira da próxima semana. Mesmo nos países melhor avaliados no ranking, há muitos aspectos a serem melhorados, que são enfatizados no estudo. Clique nas fotos acima para conhecer os 10 melhores países para ser mulher no G20 – e o que cada um deles ainda precisa fazer para garantir uma vida ainda melhor para as representantes do sexo feminino.
Os direitos das mulheres no Canadá são garantidos via políticas públicas e leis contra violência e exploração. Um terço dos juízes apontados pelo estado no país são mulheres e 64% dos graduados no ensino superior são do sexo feminino.
Ter uma chefe de estado mulher – a chanceler Angela Merkel – conta pontos a favor da Alemanha no ranking, mas o país ainda tem aspectos a trabalhar. A diferença nos salários entre mulheres e homens é de 21,6%, um dos piores índices entre os países mais ricos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
As mulheres desfrutam de benefícios importantes, como bom acesso a saúde e educação, mas ainda têm pouca representação no governo. Apenas 17% dos cargos de ministério são ocupados por mulheres e 22,3% dos juízes são do sexo feminino.
As leis e políticas públicas protegem os direitos das mulheres, mas na prática, nem sempre são cumpridas. Uma em cada cinco mulheres com mais de 15 anos foi vítima de violência sexual ao longo da vida e há apenas cinco mulheres entre as presidentes das 100 maiores companhias do país.
As americanas têm bom acesso à educação, mas sofrem coma falta de um sistema universal de saúde. O estudo destaca que 22,9 milhões de mulheres não tem acesso a seguro de saúde nos Estados Unidos.
As japonesas sofrem as consequências de estarem sujeitas a uma cultura extremamente patriarcal. Apenas 11% das cadeiras do parlamento são ocupadas por mulheres e elas ganham 28,3% menos que os seus pares no mercado de trabalho.
A Itália fez progressos importantes, mas as mulheres ainda enfrentam discriminação no mercado de trabalho e ganham salários menores. Mais de 1,2 milhão de mulheres já sofreram assédio sexual no trabalho e elas gastam o triplo do tempo dos homens em tarefas domésticas.
As mulheres sofrem com acesso limitado a saúde e educação sexual, especialmente fora da capital Buenos Aires. Cerca de 500 mil argentinas fazem abortos clandestinos todos os anos.
Os estereótipos arraigados e a sociedade patriarcal ainda restringem as liberdades das mulheres. Seis em cada dez coreanos acham que os homens têm mais direito a trabalhar que as mulheres quando os empregos estão escassos e a diferença de salário entre gêneros é de quase 40%.
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