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Organização classifica situação da Tailândia como sombria

Anistia Internacional classificou de sombria a situação na Tailândia, que está sob lei marcial desde o golpe de Estado


	Soldados na Tailândia: golpe ocorreu em 22 de maio
 (Athit Perawongmetha/Reuters Brazil)

Soldados na Tailândia: golpe ocorreu em 22 de maio (Athit Perawongmetha/Reuters Brazil)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 13h33.

Bangcoc - A Anistia Internacional (AI) classificou nesta sexta-feira de "sombria" a situação na Tailândia, que está sob lei marcial desde o golpe de Estado de 22 de maio.

Richard Bennett, diretor da AI na Ásia-Pacífico, afirmou que a junta militar deve restabelecer a liberdade de expressão e frear a detenção "arbitrária" e o processo de opositores pacíficos.

"É hora de os militares tailandeses retirarem as repressivas e ambíguas ordens que emitiram até o momento, muitas das quais violam as obrigações da Tailândia em relação às leis de direitos humanos", afirmou Benett em comunicado.

Kritsuda Khunasen, uma ativista conhecida no país, está desaparecida após ser detida em 28 de maio na província de Chonburi, vizinha de Bangcoc.

Os militares incluíram o nome de Kritsuda em uma lista de pessoas chamadas a depor, por isso seus parentes temem que algo tenha acontecido a ela.

Cerca de 511 pessoas, na maioria políticos, jornalistas e ativistas próximos ao governo deposto, foram detidas pela junta militar, embora a maioria tenha sido libertada vários dias depois.

Desobedecer uma intimação oficial para depor, participar de manifestações pacíficas e até curtir mensagens críticas sobre os militares no Facebook são considerados crimes.

O ex-ministro de Educação Chaturon Chaiseng está em liberdade pagando uma fiança e enfrenta nove anos de prisão por desacato à lei marcial e por "incitar o ódio" por suas críticas à junta.

O ativista Sombat Boonngamanong foi detido no início deste mês por ignorar a intimação dos militares para depor e além disso é acusado de organizar os "protestos relâmpago" contra o golpe, chamadas assim porque se formavam de forma rápida e móvel para burlar os controles de soldados e policiais.

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