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Opositor venezuelano suspende greve de fome depois de um mês

Desde 24 de maio, Leopoldo López, líder da ala radical da oposição, mantinha greve de fome como mecanismo de pressão para que a data das eleições fosse fixada


	O opositor venezuelano Leopoldo López: "Vamos levantar a greve, mas a luta continua"
 (Juan Barreto/AFP)

O opositor venezuelano Leopoldo López: "Vamos levantar a greve, mas a luta continua" (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 14h42.

O opositor venezuelano Leopoldo López suspendeu nesta terça-feira sua greve de fome na prisão, depois de 30 dias, em protesto por sua condição, anunciou através de uma carta, um dia após as autoridades eleitorais fixarem a data das legislativas, outra de suas exigências.

"A vocês, irmãos e irmãs, peço com o coração na mão que assumamos com humildade as conquistas obtidas neste protesto e que juntos, todos, levantemos a greve de fome", leu sua esposa Lilian Tintore em um breve pronunciamento a partir de um hotel no leste de Caracas.

"Vamos levantar a greve, mas a luta continua", disse López em uma carta escrita de seu próprio punho e dirigida aos 104 grevistas que o acompanham em seu protesto.

Desde 24 de maio, Leopoldo López, líder da ala radical da oposição, mantinha uma greve de fome como mecanismo de pressão para que a data das eleições fosse fixada, entre outros pontos.

À greve de López, um economista formado em Harvard e detido há 16 meses em uma prisão militar acusado de incitar a violência em protestos antigovernamentais entre fevereiro e maio de 2014, foram se somando recentemente dezenas de ativistas.

Com seu anúncio na segunda-feira de que as eleições serão realizadas no dia 6 de dezembro, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, colocou fim às exigências da oposição e de políticos estrangeiros, que diziam que o atraso na publicação do cronograma eleitoral era parte de uma artimanha governista.

Inclusive chegaram a insinuar que não seriam realizadas eleições para renovar a Assembleia Nacional.

"A mudança já tem data", acrescenta López na carta, que, no entanto, adverte que há um caminho a ser percorrido.

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