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Opositor de Putin afirma que deseja ser presidente

Alexei Navalny fez a declaração poucos dias antes de um julgamento no qual pode ser condenado a até 10 anos de prisão

Alexei Navalny protesta em Moscou: "quero que os 140 milhões de habitantes deste país, que têm um solo do qual brotam petróleo e gás, não vivam na miséria e indigência mais sombria", disse (Andrey Smirnov/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 09h30.

Moscou - Alexei Navalny, um dos mais carismáticos opositores ao presidente russo Vladimir Putin, anunciou que tem a ambição de ser presidente, poucos dias antes de um julgamento no qual pode ser condenado a até 10 anos de prisão por acusações de desvio de dinheiro.

"Quero ser presidente", disse o advogado e blogueiro em uma entrevista ao canal Dojd, ligado à oposição .

"Quero mudar a vida neste país. Quero que os 140 milhões de habitantes deste país, que têm um solo do qual brotam petróleo e gás, não vivam na miséria e indigência mais sombria, e sim em um país normal, como em um país europeu", declarou.

Um tribunal russo anunciou na quarta-feira que Navalny será julgado a partir de 17 de abril por suposta fraude no caso Kirovles, uma empresa de produção de madeira de Kirov (900 km ao leste de Moscou).

Ele é acusado de ter participado em um acordo com uma empresa privada que provocou a perda de 10.000 metros cúbicos de madeira, uma carga avaliada em 16 milhões de rublos (400.000 euros) nos anos 2009-2010, quando era assessor do governador liberal de Kirov, Nikita Belij.

O opositor nega as acusações, que atribui a uma armação judicial para condená-lo.


"Não tenho a menor dúvida que o veredicto será 'culpado'", disse na entrevista.

"Mesmo com uma sentença condicional, resolveriam vários problemas: antes de mais nada me privariam da possibilidade de disputar as eleições", completou.

Navalny, 36 anos, foi uma das principais figuras dos protestos que explodiram no fim de 2011 para denunciar fraudes nas eleições legislativas que deram maioria ao Rússia Unida, partido de Putin.

Excelente orador, Navalny ficou famoso com campanha contra a corrupção e as denúncias de fraudes nas empresas públicas russas.

Uma pesquisa do Centro Levada indicou que apenas 37% dos russos conhecem Navalny, apesar de sua crescente notoriedade. Mas apenas 14% afirmaram que votariam nele em uma eleição.

Na entrevista, Navalny denunciou o bloqueio de informações de tudo que não está voltado para Putin e a elite russa nos meios de comunicação nacionais.

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"Quero mudar a vida neste país. Quero que os 140 milhões de habitantes deste país, que têm um solo do qual brotam petróleo e gás, não vivam na miséria e indigência mais sombria, e sim em um país normal, como em um país europeu", declarou.

Um tribunal russo anunciou na quarta-feira que Navalny será julgado a partir de 17 de abril por suposta fraude no caso Kirovles, uma empresa de produção de madeira de Kirov (900 km ao leste de Moscou).

Ele é acusado de ter participado em um acordo com uma empresa privada que provocou a perda de 10.000 metros cúbicos de madeira, uma carga avaliada em 16 milhões de rublos (400.000 euros) nos anos 2009-2010, quando era assessor do governador liberal de Kirov, Nikita Belij.

O opositor nega as acusações, que atribui a uma armação judicial para condená-lo.


"Não tenho a menor dúvida que o veredicto será 'culpado'", disse na entrevista.

"Mesmo com uma sentença condicional, resolveriam vários problemas: antes de mais nada me privariam da possibilidade de disputar as eleições", completou.

Navalny, 36 anos, foi uma das principais figuras dos protestos que explodiram no fim de 2011 para denunciar fraudes nas eleições legislativas que deram maioria ao Rússia Unida, partido de Putin.

Excelente orador, Navalny ficou famoso com campanha contra a corrupção e as denúncias de fraudes nas empresas públicas russas.

Uma pesquisa do Centro Levada indicou que apenas 37% dos russos conhecem Navalny, apesar de sua crescente notoriedade. Mas apenas 14% afirmaram que votariam nele em uma eleição.

Na entrevista, Navalny denunciou o bloqueio de informações de tudo que não está voltado para Putin e a elite russa nos meios de comunicação nacionais.

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